Lisboa – No seguimento do caso do jovem que terá sido forçado a casar com cadáver da namorada, o Club-K recebeu um email de alguém não identificado que alega ser familiar da malograda dando a sua versão sobre o tema. Ao contrario do que se publicou que a falecida teria 17, o suposto familiar diz que a mesma completaria 20 anos de idade e levanta suspeita de que o suposto namorado da malograda esteja envolvido na morte daquela.

Fonte: Club-k.net

Reposição da Verdade. Cunene: Jovem forçado a casar com cadáver da namorada

Foi com cavado desalento que tomamos conhecimento da notícia veiculada no dia 11 de Maio de 2015 pelo site “Club-k” intitulada “ Cunene: Jovem forçado a casar com cadáver da namorada”. Sentimos a necessidade de usar o direito a resposta com vista a esclarecer e repormos a verdade perante a opinião pública nacional e internacional e muito em particular à todos respeitáveis internautas dessa imensa Angola e não só.

Publicar uma notícia baseada em especulações, pensamos que exacerba a dor da família enlutada independentemente das circunstâncias que ocorreu a morte. É preciso respeitar os sentimentos alheios se não, facilmente somos levados a trutinar que estamos perante um “folguedo de mau gosto” e por que não pensar em falta de esguardo para com as pessoas. Por isso, alvitramos ao “Club-K” para que opte por um jornalismo sério e credível, isento de qualquer tipo de sensacionalismo!

Em primeiro lugar, reafirmamos que a nossa filha que em vida se chamou Divina Mbunga que nesse ano de 2015 completaria os seus 20 (vintes) anos e não 17 anos tal como foi anunciado. A notícia faz menção dos dois supostos namorados da malograda sendo um deles conhecidos pela família. Negamos categoricamente essa informação pois até ao momento em que redigimos essas linhas ninguém se apresentou em nossa família afirmando e assumindo de forma pragmática ser onamorado da malograda.

O assunto relacionado com namoro nunca foi tabu no seio da nossa família, com isso, afirmamos que ninguém da família se apercebeu da pavoneada gravidez, razão pela qual pensamos, tudo não passa de manobras e especulações que visam a desviar as atenções da família e da polícia, escamoteando dessa forma as reais causas da morte da malograda. Nós a família desconhecemos e ignoramos as insinuações da suposta gravidez…Ninguém tem provas científicas muito menos receitas com resultados médicos para sustentar essa tese. Não nos esqueçamos que vivemos na “Era Digital” tudo é possível.

Em segundo lugar, salientamos que uma vez o caso está a correr os seus trâmites legaisjunto dos órgãos competentes, e sabendo que o suposto “namorado” se encontra/va sob custódia das autoridades, reafirmamos não ser verdade que nós da família estaríamos a "forçar" ele a cumprir um suposto o ritual tradicional que o levaria a contrair matrimónio tradicional com o cadáver. Quem disse, quando e aonde é que se fez essa coerção?

Vale lembrar que em circunstância nenhuma a nossa filha foi menosprezada muito menos rejeitada no seio da família, pelo contrário ela ainda em vida sempre recebeu afeição e atenção, mesmo naqueles momentos em que era preciso uma repreensão tal comoacontece em todos as famílias. Sendo ela maior de idade, escolheu desafrontadamente viver na casa do seu tio (irmão menor do pai) e se realmente ela fosse maltratada na casa do tio com o qual vivia, talvez optaria viver com o próprio pai biológico que está em vida ou outros tios e tias que residem quer em Ondjiva bem como em outras partes de Angola. Ela não foi rejeitada, muito menos escorraçada de casa, e como prova, nós temos connosco todas as suas pertenças! Sim, ela foi coactada a fugir de casa pelo suposto namorado (Mandume).

Quanto a demora na realização do funeral da malograda repomos a verdade dizendo que o funeral teve lugar no dia 7 de Maio e não no dia 8 de Maio de 2015, tal como foi publicado. A mãe biológica da malograda faz tempo que reside em Bruxelas (Bélgica), e diante desse infortúnio ela não poderia ficar de fora! Apenas conseguiu galgar a cidade em Ondjiva no dia 06 de Maio/15 razão pela qual só nos foi possível realizarmos o funeral no dia 07 de Maio/15. Não nos deslembremos que o suposto namorado onde a nossa filha foi deparada morta esteve sob custódia policial desde o primeiro dia do ocorrido…Como a família agendaria um casamento no cemitério para o dia do funeral? Nós não somos vingativos, nem somos apologistas em fazer justiça em mãos próprias, pois confiamos num Deus Todo Poderoso, que é o melhor Vingador de todo sempre! Ele (Deus) não inocenta o culpado, nem culpa o inocente!

Perdemos a filha, ninguém dos (presumíveis namorados) nos pediu desculpas e como não bastasse da tristeza que assola a nossa família, “Mandume” e os seus amigos urdiram a sua versão sobre o sucedido e irresponsavelmente publicam-nos na Net sem a nossa permissão! Uma coisa sabemos: O nosso Redentor vive!

Antes de terminar levo a todos os internautas e não só a reflectirmos sobre o seguinte:

Como um agente de autoridade albergaria uma jovem por dois dias em sua casa sem procurar saber junto dos seus pais que vivem no mesmo bairro o que estava acontecer? O que faria você se a tua filha fosse achada morta na casa de umsuposto namorado? E como não bastasse, naquele fatídico domingo, a família apercebeu-se do falecimento da nossa filha por terceiros…


Antes da remoção do corpo pelos agentes da DPIC, (Direcção Provincial de Investigação Criminal) “Mandume” indagado sobre o paradeiro dos familiares da malograda, ele disse desconhecer os pais, enquanto ele conhecia muito bem os pais. Qual foi a razão do medo? Será que “Mandume” havia perdido a memória instantaneamente? Não nos achem de bobos!


Alguém já ouviu falar de uma possível simulação num crime passional? Alguém já ouviu falar sobre “autoria moral de um crime”? Alguém já ouviu falar da responsabilidade civil de um cidadão perante a sociedade? Mesmo assim, desde o dia da morte a nossa família se manteve serena não conversou com nenhum suposto namorado, não agrediu ninguém, não cobrou nem exigiu nada. Tudo o que fala contra nós não passa de especulações.
Nós enterramos a nossa filha com toda dignidade, sem depender de nenhum “tostão” dos ditos “ presumíveis namorados” E sendo cristãos, não confiamos em "maldição" de ordem tradicional mas sim, confiamos na Verdadeira Justiça Divina, porque a dos homens às vezes torna-se corrompida e tendenciosa!
Atenciosamente
A família.