Washington – Artur Orlando Teixeira Queiroz , o assessor português e responsável pela linha editorial de calunia e difamação do Jornal de Angola, foi recentemente proibido de publicar  os seus textos nas páginas do único diário estatal angolano até que se aguardem  por novas  “orientações superiores” .

Fonte: Club-k.net

Artur Queiroz exige indeminização

A referida decisão partiu do gabinete de Aldemiro Vaz da Conceição junto a Presidência da República de Angola. A mesma medida terá sido impulsionada, por causa do vazamento de Segredos de Estado que aquele jornalista português   vazou num texto de difamação contra o “Semanário Angolense”, onde teria tratado por “bandidos” os donos da Media Nova, que é a empresa de comunicação social privada ligada aos generais do circulo presidencial do regime.

 

No seu texto de opinião, Artur Queiroz escreveu a seguinte frase: “É isso que estou agora a fazer mas antes dizer ao senhor brigadeiro Lungo o seguinte: Com tropas destas que só sabem atacar e fogem ao primeiro confronto, não ganha a guerra nem sequer a batalha naval, em papel quadriculado. O jornalismo é uma actividade seria e tem uma marca distintiva: o rigor.”

 

Com esta passagem Queiroz acabaria por expor,  o até então desconhecido “brigadeiro Lungo” e a sua missão especial no regime angolano.

 

Quem é o “brigadeiro Lungo” ?

 

“Lungo” é o nome de guerra do Tenente-General João António Santana, que exerce o cargo de Director-Adjunto do gabinete de Acção Psicológica e Informação da Casa Militar do Presidente da República. É o adjunto de Aldemiro Vaz da Conceição.

 

O general “Lungo”, é a figura que esteve discretamente envolvida a alguns anos atrás na compra de semanários privados angolanos em Luanda. Através da relevação feita por Artur Queiroz ficou-se a saber que é ele quem controla os jornais privados em Angola, um dado que era até então mantido em segredo.

 

O texto de Queiroz nunca chegou a ir ao ar, porque tão logo as autoridades foram alertadas da exposição que estava a ser feita orientaram a sua retirada das páginas do Jornal de Angola.

Queiroz impedido de escrever 

Artur Queiroz, que regressou no final de semana antepassado a Luanda vindo de Lisboa foi surpreendido com a “orientação superior” de que já não podia mais assinar textos no Jornal de Angola. Deixaram-lhe apenas publicar um artigo, no dia 21 de Maio, sobre um ataque a Malongo, na década de oitenta, intitulado “O fracasso da “Argon” no Complexo de Malongo”. Porém, no dia seguinte voltou ao tema escrevendo a segunda parte do texto mas desta vez, foi impedido. O artigo saiu mas assinado como se fosse de  José Ribeiro e  com o titulo “O regime de apartheid pôs em risco os interesses dos EUA em Angola

 Queiroz e Ribeiro em desentendimentos

Por outro lado, o DG do Jornal de Angola, José Ribeiro, que está a dar sinal de que quer travar o arrombo aos cofres da empresa em beneficio do seu assessor  português, ordenou ao administrador financeiro, Eduardo Mivo, para desta vez, não pagar mais nenhuma factura relativa as despesas contraídas por Queiroz durante as férias em Portugal .

 

Porem, ao notar que estava a ser colocado numa situação de restrição, o assessor Português remeteu ao seu chefe uma carta a pedir indeminização por, alegadamente, não haver mais condições para continuar a trabalhar no Jornal de Angola, cujo contrato milionário termina em Dezembro de 2017.

 

Queiroz pediu a rescisão do contrato com efeitos a 30 de Abril e exigiu pagamento único de todos os salários até 2017  e  de todos os subsídios, numa única tranche.

 

José Ribeiro, por sua vez, considerou o acto como uma “traição”, uma vez que haviam estabelecido um pacto de trabalharem juntos até 2017. Reiterou-lhe a recusa de pagamentos solicitados e neste dia ambos, foram arrastados para um ambiente áspero que resultou em ofensas graves por parte de Queiroz.

 

De acordo com consultas, o assessor português arrisca-se a não ser indeminizado  tendo em conta que o seu contrato de trabalho é nulo por não obedecer a critérios como consultas ao MAPESS, e por também ter estado a trabalhar ilegalmente com um visto de turismo.