Luanda  - Poupar, poupar, poupar, são as vozes gritantes que ressoam em socorro face ao turbilhonar implacável da aurora martirizante advinda da crise. Os efeitos advindos da crise actual são devastadores, uma crise que nos limita a todos os níveis, e em todos os domínios da dimensão económica e social, uma crise vestida de uma saia perfumada de raiva, vacinada com uma dose de autêntico orgulho de dominar os interesses económicos da angolanidade, procurando desde logo, através de artimanhas vadias colocar refém ao povo angolano, esta crise tem uma dimensão lastimável fazendo – se valer pelo ascensão do valor do dólar a uma velocidade assustadora.

 Fonte: Club-k.net

Por isso, temos que despertar, parar de colocar os olhos aterrados na esperança de encontrar nos recursos minerais o apanágio fundamental da nossa vida, é o memento de dinamizar a mente, começar a pensar mais, ter mais ideias e materializar todas ideias concebidas desde que eficientes, eficazes e simples. Adam Smith, sempre afirmou nas suas teorias, que o que desenvolve os países, não são a sua riqueza material, antes pelo contrário, é o seu potencial humano, forte em transformar ideias em acções práticas. A exemplo disso estão os japoneses, que das pedras ergueram uma nação forte e desenvolvida. São as ideias que criam riquezas, que transformam o mundo, que dão um novo rosto ao curso natural das coisas.

 

Chegou o memento de fomentar o crescimento económico embasado na diversificação da economia.

 

Esta crise que nos assola, obrigar – nos – á a viver uma vida de chineses, uma vida modesta e simples, sem esse modelo de vida, seremos banidos pela crise, ou poupamos, e fizemos face aos efeitos devastadores da crise, ou continuamos firmes no mesmo rumo do passado e seremos vítimas da nossa negligência e do que há de suceder no porvir, se no passado comíamos 2 pães é necessário reduzir para um ou para metade e guardar o restante para o dia seguinte, nesta crise é necessário planejar por onde colocar o dinheiro em gesto de compras, comprar o necessário, deixar do imediatismo porque esta crise não é conjuntural é apenas dos países produtores de petróleo.

 

É chegada hora de arregaçar as mangas, em virtude do país ser vítima de uma crise económica assoladora, secundária à queda do barril do petróleo, se de um lado temos de suportar os efeitos colaterais da crise, doutro lado suscitará a diversificação massiva da economia em todos os domínios, o crescimento da agroindústria, o surgimento de novos empresários angolanos, aliás, com a escassez de divisas o cerco se aperta ainda mais.

 

Terminou o tempo das vacas gordas, agora chegamos na era das vacas magras, mas diz o ditado português, quem nunca sofreu não sabe viver, é errando que se aprende, os inteligentes aprendem com os seus erros, os sábios aprendem com os erros dos outros, para os que têm carros de muito luxo, ser – lhes – á muito difícil manter tais veículos vivos, uma vez que o preço do dólar dispara a cada dia como uma metralhadora embriagada de ansiedade, e o custo das peças é orçado em dólar, outrossim, os bancos já não dão dólares a pessoas particulares, somente à empresários credenciados ou a viajantes por questões de saúde, ou de formação, de então, acorrer às quinguilas é a única solução, porém, o valor de divisas nas quinguilas é assustador. Seremos todos forçados a conjugar o verbo poupar em todos os tempos gramaticais até ao gerúndio, levar uma vida simples e pacata, tal quanto os chineses e brasileiros levam em seus países, seremos forçados, a voltar a comer alimentos dos nossos campos, tal quanto era no passado, a comprar cabritos e bois para substituir a carne importada, que era adquirida em armazéns de frescos, sem a poupança seremos consumidos pela crise, que vem e corre a velocidade de um ferrari, por isso é necessário a disciplina económica, para que o entusiasmo que nos anima sirva a nossa inteligência.

 

Existem muitos outros recursos por se explorar, se investirmos energicamente na agricultura, na agropecuária, teremos um país que não precisará de importar mercadorias de base para a população, devemos também iniciar projectos que visam explorar os demais minerais como ouro, ferro, cobre, mercúrio, é necessário voltar ao funcionamento das fábricas que o país teve no passado, é necessário um forte investimento no ramo industrial.

 

«Se a agricultura é a base, a indústria neste momento é o factor decisivo!»

 

A economia é a força para o sucesso de um país, o país, passa a pior fase da última década, já passamos momentos piores, porém, fomos capazes de vencer todos os contornos que encontravam – se presos na face da história, todavia, chegou o momento, de mais uma longa caminhada, coragem e firmeza, na firme marcha rumo ao amanhã. Surgirão circunstâncias tentadoras, mas nós devemos estar firmes e corajosos como no início, ver – se – á o renascimento do equilíbrio económico por uma Angola iluminada pelo desenvolvimento por todos os lados.

 

BEM-HAJA!