Luanda - O presidente cessante da Federação Angolana de Basquetebol (FAB), Paulo Madeira (na foto) é acusado de ter desviado mais de dois milhões de dólares, provenientes dos cofres do Estado.

Fonte: JA

Candidato Hélder Cruz reage com denúncia

Para contas pessoais, no período de 2013 a 2015, de acordo com a denúncia feita pelo candidato da Lista A à presidência daquele órgão, Hélder Cruz "Maneda".


Reagindo à decisão da Comissão Nacional Eleitoral, que invalidou a sua lista, o também empresário que desempenhou, até bem pouco tempo, as funções de vice-presidente da mesa da Assembleia-Geral, no elenco de Paulo Madeira, sustentou a sua afirmação com base no relatório de contas apresentado à reunião com os filiados, realizada a 23 de Abril deste ano.


“O presidente cessante utilizou em seu próprio benefício, e de terceiros, os dinheiros da FAB provenientes dos cofres do Estado. Avultadas quantias em dinheiro foram transferidas para contas pessoais. O equivalente a dois milhões quinhentos e oitenta e oito mil dólares terão sido supostamente pagos no estrangeiro. Quem tiver acesso aos relatórios de contas pode constatar este facto”, sublinhou Hélder Cruz.


Segundo ainda o candidato ao cadeirão máximo da FAB, a quantia foi gasta com advogados por serviços de consultoria e auditoria e contabilidade, pagamentos de avenças a técnicos nacionais e exames médicos, isso apenas em dois anos.


Foram ainda pagas pela FAB, prosseguiu Hélder Cruz, despesas pelo patrocínio judiciário na defesa de interesses pessoais de Paulo Madeira, cabeça de Lista B, quando ainda se encontrava na condição de candidato ao cargo de presidente do mandato cessante.


Os factos descritos constam de um relatório de contas apresentado pelo presidente cessante da FAB, na Assembleia Geral, e não está assinado por qualquer membro da direcção, por um contabilista ou pelo presidente do Conselho Fiscal.”Essa vergonha e outras, constam do relatório de contas apresentado este ano na Assembleia Geral da FAB. Afinal de contas, por todas essas irregularidades, qual é a lista que deveria ter sido à partida desqualificada ?”, questionou Hélder Cruz “Maneda”.


O aspirante à presidência da FAB classificou tais actos como gestão danosa, pelos "crimes de abuso de confiança", sem colocar de parte a existência de factos que configuram branqueamento de capitais.