Lisboa –   A nova gestão no MIREX, sob liderança de Manuel   Domingos Augusto,   quer entender as razões  que levaram o consulado  geral de Angola,  em Lisboa,  a arrendar, em tempo de crise,  um apartamento de luxo  no residencial Jardim de São Lourenço, na capital portuguesa cujo proprietário é Aldemiro Justino de Aguiar Vaz da Conceição,  ex-diretor dos quadros da Presidência da República.  
 
Fonte: Club-k.net
 
A decisão de arrendar o  “apartamento luxuoso”,  começou a ser estudada ainda ao tempo do ministro George Chicoty,  logo após a nomeação  de um novo cônsul geral em Lisboa, Narciso do Espírito Santo Júnior. Este, por sua vez,   quando entrou em funções,  recusou   mudar-se para  a residência oficial do cônsul geral, onde viveu a sua antecessora, a pretexto de  que a mesma   encontrava se em avançado estado de degradação e para o efeito “solicitou  autorização para obra de reabilitação”.  
 
 
Numa comunicação feita a Luanda, na qual o Club-K teve   acesso,  o diplomata  informou que  aquela missão diplomática solicitaria  um empréstimo junto a um banco português cuja amortização seria da conta do próprio consulado. 
 
 
Durante este período, o   consulado   arrendou um apartamento no  residencial “Jardim de São Lourenço”, em Lisboa,  do ex-assessor presidencial.   Por outro lado, a gestão de Manuel Augusto manifesta duvidas pelo facto de o apartamento estar arrendado  mas não é usado pelo cônsul Narciso do Espírito Santo Júnior  que por sua vez estará  a viver num hotel. 
 
 
Encorajado pelo constante   discurso do novo PR, João Gonçalves Lourenço,   o Ministro Manuel Augusto decidiu emitir um circular  as missões diplomáticas   proibindo-as de efectuarem pagamentos sem a previa comunicação.  
 
 
A decisão de Manuel Augusto foi também motivada pelo facto de o seu antecessor antes de sair ter aprovado pedidos de algumas missões diplomáticas  que alegavam pretender fazer movimentações financeiras para pagamentos de supostas despesas institucionais.  Ao notar inconsciência nos referidos pedidos,   o novo ministro não viu outra saída senão assinar o circular que proíbe  as movimentações ilegais de dinheiros para não comprometer  o seu consulado. 
 
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