Benguela - Uma rede de corrupção com ramificações no banco russo VTB Angola e no sul-africano Standar Bank, envolvendo cidadãos angolanos e estrangeiros, estão na mira dos Serviços de Inteligência e Segurança do Estado (SINSE) em coordenação com os Serviços de Investigação Criminal (SIC), por supostamente se dedicarem à fuga de divisas de Angola para o exterior do país.

Fonte: Perola das Acacias

De acordo com consultas, Salima Habib, cidadã portuguesa, foi denunciada por liderar a referida rede milionária de desvio de divisas, por intermédio da PetroÁfrica, empresa vocacionada a prestação de serviços ao ramo petrolífero, que tem estado a transferir milhões de dólares/euros com alegações de importar matéria-prima. Porém, acontece que, este tem sido apenas um esquema frequentemente utilizado para evasão e retirada de divisas para fora de Angola sem nunca importar os materiais e nunca pagarem as dívidas que têm comalguns fornecedores.


Segundo fontes, a tática tem sido a seguinte: a PetroÁfrica através da senhora Salima Habib e dos seus sócios efetuam contratos de compra de matérias-primas no exterior, mais concretamente na Europa, e de seguida utilizam as faturas proformas dos fornecedores/clientes, para que junto do banco consigam transferir as divisas que pretendem.


Depois de enviado os milhões de dólares para o estrangeiro, os dinheiros são distribuídos nas contas das empresas a GEPROC, G3, PETROAFRICA LCC, MRO 1 SHOP SOLUTIONS INC, empresas que, segundo denúncias, são tidas como offshores da PetroÁfrica, cujo objectivo é simplesmente a lavagem de dinheiro.


Para o sucesso dessas operações, segundo informações, a PetroÁfrica conta com a cumplicidade de alguns funcionários do Standart Bank e do VTB Angola. Nesta operação destacam-se o administrador do VTB Angola, Amilcar Bastos, e um outro ligado ao Standard  Bank que nãoconseguimos identificar.