Luanda - Em Angola, a luta pela independência, pela liberdade e pela democracia foi um processo que não deve ser esquecido, tal foi o elevado preço pago, inclusive em vidas humanas.

Fonte: UNITA

A UNITA e a luta pela independência, pela liberdade e pela democracia 

A partir de 1945, na sequência da sua participação na II Guerra Mundial e da consagração, pelas Nações Unidas, do direito dos povos à autodeterminação e à independência, as elites africanas tomaram consciência da possibilidade de reconquistar a sua cidadania e de se reaver as suas terras, então usurpadas pelas potências coloniais europeias, tendo iniciado um longo processo multiforme de luta, que levou às independências dos países africanos.


Contrariando os ventos da História, em Portugal, o Presidente do Conselho de Ministros, António Oliveira Salazar, recusou-se a discutir a descolonização dos territórios africanos sob sua ocupação, nomeadamente, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Angola e Moçambique, bem como os da Ásia, a saber, Goa, Damão, Dio e Timor-Leste.


Em Angola, os combatentes pela liberdade logo se aperceberam que não tinham outra saída que não fosse o uso da via armada para expulsarem o poder colonial português e usufruir do direito dos povos à autodeterminação e à independência. Como forma de dar um impulso maior à luta armada a partir do interior do País, em Março de 1966, o Dr. Jonas Malheiro Savimbi decidiu criar a UNITA, com o apoio de valorosos e abnegados filhos de Angola, como Samuel Piedoso Chingunji, também conhecido por Kapessi Kafundanga, que foi o primeiro Chefe do Estado Maior das FALA, o braço armado da UNITA. Este viria a falecer de doença no dia 24 de Janeiro de 1974, na cidade zambiana do Mungo, quando regressava à Zâmbia, depois de ter levado material militar da SWAPO às áreas da UNITA.


Em sua memória, o dia 24 de Janeiro, foi consagrado pela UNITA como sendo o Dia das FALA – Forças Armadas de Libertação de Angola.

Hoje, 44 anos depois da morte do Comandante Kapessi Kafundanga, a UNITA rende a sua homenagem a todos os jovens, homens e mulheres que acreditaram na luta pelos valores da independência, da liberdade, da democracia e do progresso social em Angola, e que decidiram, por isso, combater de armas na mão, quer no seio do ELNA, das FALA ou das FAPLA, exércitos históricos já extintos, percursores das Forças Armadas Angolanas.


A memória de todos aqueles que deram as suas vidas pela mãe Angola, não deverá nunca ser esquecida pelos verdadeiros filhos desta portentosa Pária.


Nesse dia memorável, a UNITA reafirma a necessidade imperiosa da despartidarização do Estado e da efectivação da reconciliação nacional, como factores essenciais para a promoção do desenvolvimento do País e do progresso social dos angolanos.


Viva Angola!
Viva a UNITA!
Viva a memória do Comandante Kapessi Kafundanga! Que viva para sempre o dia das ex-FALA!


Luanda, 24 de Janeiro de 2018
O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA