Lisboa - A vice-governadora provincial do Huambo Maricel Marinho da Silva Capama foi recentemente travada numa operação que visava tomar partido de 50 milhões de kwanzas dos cofres de Estado para a reabilitação do muro do Hospital Central do Huambo, invocado como não tendo merecido reparo desde a época colonial.

Fonte: Club-k.net

  Funcionário  que travou o esquema  foi exonerado 

Maricel Silva Capama, é a “vice” para o sector económico, social e económico e nesta condição tem sob tutela o acompanhamento do pelouro da saúde na província. O valor orçamentado para obra foi de 67 milhões de kwanzas. Porem, a cerca de duas semanas, a governante orientou a direção do referido hospital para efectuar o pagamento de 50 milhões de kwanzas que seria a primeira tranche para reabilitação do muro cujo a obra foi confiada a uma empresa conotada ao seu esposo Domingos Nilton César Capama.

 

Notando suspeitas, face ao exagero do orçamento e a subsequente ausência de transparência, o director geral do Hospital Central do Huambo, Welema Cipriano da Fonseca abortou a operação e no dia 18 do corrente mes  acabou sendo afastado do cargo face a  desobediência. Também foram afastados o Director clínico, Fernando de Almeida e o Director Administrativo Ary Relvas.

 

De acordo com novos desenvolvimentos, as autoridades da província decidiram avançar com a reabilitação do muro, mas com um valor inferior ao que estava a ser cobrado pela empresa ligada ao esposo da governadora da Silva Maricel Capama.

 

Fontes locais, disseram ao Club-K, que este caso, reflectido em praticas de favoritismo, fez levantar outros temas tais como a descoberta segundo as quais, dos 320 empreiteiros que a província tem, 280 estão adjucados a empresas conotada a rede de interesses do governador Baptista Kussumua e as 40 restantes atribuídas a outros empresas que se incluem a Omatapalo - Engenharia e Construção, ligada ao ex-governador Kundi Paihama.

 

O assunto da tentativa de descaminho d e 50 milhões de kwanzas para a construção do muro, por parte da jovem governadora, não foi objecto de noticia pela imprensa local. Porém, o referido assunto acontece numa altura em que a vice-governadora, igualmente afilhada de casamento do governador João Batista Kussumua, criou constrangimento ao executivo local ao fazer sair um documento exigindo que doravante os órgãos de comunicação passassem a lhe apresentar as matérias/publicações, antes de irem pro ar, para o devido acompanhamento.