Lisboa – No cargo desde Novembro de 2014, o chefe da Representação Permanente de Angola junto à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Embaixador Luís José de Almeida reagiu com sentido de  rejeição quando lhe foi comunicado que as autoridades angolanas decidiram encerrar o escritórios desta representação diplomática baseada em Lisboa, devido a crise económico que o país vive.

Fonte: Club-k.net

Recorreu ao Presidente da República

A comunicação foi lhe transmitida pessoalmente pelo Secretario Geral do MIREX, Agostinho de Carvalho dos Santos Van-Dúnem que deslocou-se propositadamente a Lisboa. Porém, inconformado com a medida - que equivale, ficar no desemprego -  o diplomata de 87 anos de idade, não só destratou/achincalhou   o portador da mensagem, como decidiu escrever para o Presidente da República, João Manuel Goncalves Lourenço, como último recurso.

 

Por seu turno, e de forma a desencorajar que outros embaixadores lhe enviem cartas com o mesmo assunto, o Presidente João Lourenço orientou ao ministro Manuel Augusto a transmitir a todas representações diplomáticas que a medida de encerrar algumas embaixadas é “para ser cumprida.”

 

O embaixador Luís José de Almeida é um veterano desde o tempo de Agostinho Neto. Foi representante do MPLA no exterior e depois da independência foi responsável pela abertura de muitas missões diplomáticas de Angola no estrangeiro. Na década de 90 foi porta voz do então Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

 

Em Novembro de 2013, este diplomata foi destaque na media internacional, e no Club-K,  por ter agredido o jornalista holandês Denny Ghosens, quando ainda ocupava  o cargo de  embaixador de Angola na capital holandesa.