Luanda - O procurador-geral da República, Hélder Pitta Grós, admitiu ontem, no Lubango, a possibilidade de investigar as denúncias públicas feitas pelo ex-presidente da comissão executiva do extinto Banco Espírito Santo Angola (BESA), mas considerou ser “mui-to cedo para despoletar” um tal processo.

Fonte: JA

Hélder Pitta Grós declarou, no final de uma visita de trabalho de dois dias à província da Huíla, a possibilidade de investigar o caso depois de tomar contacto com mais elementos das alegações do empresário Álvaro Sobrinho à TPA. O procurador-geral da República afirmou que, neste momento, não há ne-nhuma investigação em curso sobre a falência do Banco Espírito Santo Angola.

 

A Procuradoria-Geral da República “não pode reagir de forma emocionada e muito menos por pressão, pois ainda não há registo de nenhuma denúncia formal sobre as revelações do ex-presidente da comissão executiva do extinto BESA, segundo as quais, o banco faliu por decisão política dos accionistas”, sublinhou o magistrado.

 

Hélder Pitta Grós acrescentou que ainda não teve “contacto com mais nada, a não ser a informação veiculada pela imprensa”, sublinhando que “é ainda cedo para a Procuradoria se pronunciar”.

 

“Temos que ser mais contidos para que quando marcarmos, o passo seja certeiro”, declarou o procurador-geral da República, reputando como “importante e de extrema responsabilidade” o papel dos órgãos de Comunicação Social no tratamento destas matérias.

 

Pediu a colaboração da imprensa para ajudar a procuradoria na missão de investigar os crimes para evitar desinformação que pode resultar na pressão sobre os órgãos de justiça.