Luanda - Como é possível o país continuar mergulhado numa "profunda crise económica" e as empresas angolanas "com perdas financeiras enormes" quando o barril de petróleo está próximo dos 80 dólares?, perguntou Isabel dos Santos no Twitter, sugerindo que o Executivo, liderado por João Lourenço, está sem rumo.

Fonte: NJ

"Qual a estratégia?", insistiu ontem, 13, a empresária, que, nas respostas, não foi poupada a críticas. Algumas mais directas do que outras.

 

Luquemba Pedro, por exemplo, um dos internautas que comentou o post da empresária, lembrou que a alta do preço do petróleo não é de hoje.

 

"Nos quase 40 anos de governação do Sr. José Eduardo dos Santos, o barril de petróleo chegou a uma franja acima dos 100 dólares, e este dinheiro enriqueceu apenas um pequeno clã da sociedade angolana, deixando milhares de angolanos em extrema pobreza".

 

Mais corrosivo, Zaza Rodrigues, acusa Isabel dos Santos de ter "gamado a Angola" dinheiro, propondo à empresária que o repatrie para o país. Para além disso, Zaza desafia a gestora a pagar "os impostos todos que deve" ao Estado, na qualidade de proprietária de várias empresas, dando como exemplo uma alegada dívida da ZAP.

 

Acusando o toque, Isabel dos Santos aconselhou o internauta a não fazer "essas "campanhas" encomendadas", criticou o que diz ser uma "bajulação sem limites" e puxou pelos galões da operadora de TV.

 

"A ZAP democratizou o acesso à televisão em Angola. Quando só havia DStv só 250 mil pessoas assistiam a TV satélite. Graças à ZAP hoje 10 milhões de angolanos assistem TV satélite", escreveu a bilionária, referindo-se ainda aos postos de trabalho criados pela empresa.

 

"Em Angola, trabalham directa e indirectamente com a ZAP mais de 5 000 angolanos, entre vendedores de recargas,instaladores, agentes, apresentadores, comerciais, motoristas , etc. Quer ver essas famílias no desemprego? Sem salário para pagar renda,colégio e comida?", indagou a filha mais velha do ex-Presidente da República.