Lisboa – O ministério dos transportes pretende apresentar em conselho de ministro, a proposta de nomeação do gestor público António Venâncio para o cargo de PCA do Porto do Soyo, em substituição de Manuel Nazareth Neto que desde Agosto exerce as funções de Director Geral do Instituto Marítimo e Portuário de Angola (IMPA).

Fonte: Club-k.net

Práticas de corrupção prejudicam  escolha  de gestores 

De acordo com normais do governo, antes da proposta seguir para o conselho de ministro, o ministério das finanças deve também subscrever e dar o seu parecer por ser tratar de uma empresa pública que arrecada fortes receitas para o Estado. Contudo, segundo apurou o Club-K, a referida proposta esta a ser objetada pelo ministro das finanças por demérito de Venâncio.

 

António Venâncio, é desde Dezembro de 2017, o Administrador Executivo para Área Técnica, do Porto do Soyo. Porém, no seguimento da exoneração de Nazareth Neto, ele passou a desempenhar as tarefas de PCA em exercício.

 

O ministério das finanças justifica que António Venâncio é figura chave do conselho de administração liderado pelo então PCA, Nazareth Neto, a qual recaem acusações de ter em sete meses esvaziado os cofres da empresa gerando descontentamento no seio do conselho de administração.

 

Segundo esclarecimentos, no decorrer da descoberta de irregularidades na gestão de Nazareth Neto, era António Venâncio, quem assinava documentos para pagamentos, embora seja administrador técnico e não financeiro. Por esta razão, as finanças de Angola entendem que a nomeação de Venâncio como futuro PCA do Porto do Soyo pode servir para “encobertar os buracos que em seis meses, Nazareth Neto deixou no Soyo.”

 

Nazareth Neto, o antigo PCA, enfrenta também uma participação na Direção Nacional Investigação e Ação Penal, da PGR, na qualidade de ex-PCA do empresa portuária de Cabinda.

 

No rol, das provas contra si, os autores da queixa, remeteram a PGR, um documento assinado pelo diretor do gabinete do ministro das finanças, que entre outras reclamações consta ainda que “os órgãos da empresa (Portuária de Cabinda) tem adoptado uma postura pouco profissional e de pouco comprometimento com a empresa.”

 

O documento das finanças diz ainda ter verificado “graves irregularidades por parte da empresa concernentes ao controlo contabilístico, inconformidades legal dos procedimentos , privando-os ao acesso dos documentos necessário para execução das suas tarefas”

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