A SUA EXCELÊNCIA O PRIMEIRO MINISTRO DE PORTUGAL SENHOR ANTÓNIO COSTA

LISBOA

Luanda, 31 de Agosto de 2018
CARTA ABERTA

Excelência,

O Estado português, pela força da sua própria ordem jurídica, pela força da ordem jurídica da União Europeia e igualmente pela força de convenções das Nacões Unidas e que livremente se vinculou, está obrigado a combater a corrupção e o branqueamento de capitais.


Um número avultado de recursos financeiros tem sido transferido de Angola para Portugal por pessoas politicamente expostas por via da corrupção e branqueamento de capitais. Esses recursos pertencem ao Estado angolano e não às pessoas politicamente expostas que ilicitamente deles de apropriaram e investiram em Portugal. É, pois, legitimo que os angolanos e angolanas se batam socorrendo-se de todos os meios legais existentes em Portugal no sentido de que o sistema judiciário em Portugal funcione e o que por direito pertence ao estado angolano seja recuperado, por justiça!


Em face do acima exposto, nós os subscritores desta carta aberta, cidadãos e cidadãs angolanas, vimos, por este meio, pedir se digne explicar-nos a razão pela qual as autoridades portuguesas têm sido omissas na perseguição e repressão do crime de branqueamento de capitais provenientes de Angola e essencialmente praticados por pessoas politicamente expostas em Angola? Que entendimento tem Vossa Excelência sobre esta matéria em razão da responsabilidade política a que está sujeito pelo cargo público de que é titular?


Com os nossos melhores cumprimentos

Assinam:
Bruno Adriano
Holofa Capita
Edson Vieira dias Neto
Fernando Macedo
Hitler Jessy Tshikonde
José Marcos Mavungo
José Ndimba Kapate Candeeiro
José Patrocínio
Laura Macedo
Leandro Freire
Leonardo Ngola
Luaty Beirão

Muata Sebastião
Osvaldo Sérgio Caholo
Sebastião Roberto de A. Conceição Sérgio Piçarra
Sónia Ferreira