Luanda - A resposta é simples, o caminho chama-se Investimento, Trabalho e Produtividade.

Fonte: Club-k.net

No seu primeiro ano de governação, o Presidente João Lourenço, tomou medidas corajosas, que incluí acções administrativas, que visam criar condições para estabilização macro económica. O caminho que esta ser adoptado pelo actual presidente da república, dá-nos fortes sinais de estar alinhar as políticas económicas para um modelo puro de economia de mercado, buscando dois objectivo, melhorar o ambiente económico e por conseguinte a vida dos cidadão.

Que caminhos devem ser seguidos para o sucesso da actual governação? Esta é a questão que nos propomos responder. Há uma forte ideia, oriundo das economias ocidentais que defendem a seguinte ideia, uma economia só pode ser forte e competitiva se puder combinar três factores, Investimento, Trabalho e Produtividade. Angola vive uma situação dramática em termos de tesouraria, que não permite avanços económicos sem o recurso ao apoio externo, de modo a combinar estes três factores.

Vivemos um cenário difícil, em que o governo não tem capacidade de atender as necessidades de curto prazo, como são os casos de salário, colocando o governo em duas frentes espinhosas, resolver as necessidade de hoje com soluções de curto prazo, bem como, tomar medidas que permitam obter soluções de longo prazo para o fomento da produção nacional, redução da dependência de importação e consolidação macro económica.

A aplicação das soluções de curto prazos são emergentes, evitando deste modo tensões sociais, nenhum patriotismo é capaz de suportar meses sem salário em nome da recuperação económica. Por outro lado, se não atender as medidas de longo prazo, o governo arisca-se a mergulhar numa bola de neve, perdendo a capacidade de criar soluções futuras, remetendo-se à adopção de medidas que remedeiam e não resolvem o problema.

O único remédio que resolve ambos problemas, de curto e de longo prazo, é o Investimento. Sendo que, faz todo sentido que o governo de João Lourenço realize diversas diligências em busca de fundos e parcerias para resolver os graves problemas de tesourarias que vivemos. Não deve haver ilusões, sem fortes Investimentos a economia, é quase garantida o insucesso deste governo, por mais que haja boas intenções no combate da impunidade, corrupção, nepotismo, bajulação e outros males.

Com investimentos, será possível potencializar o mercado, aumentando a oferta de bens e serviços, e criando mais postos de trabalho. A geração de empregos é uma consequência directa do investimento, as pessoas precisam de trabalho, precisam de estarem inseridas no circuito económico, precisam sentir-se valorizadas, precisam melhorar as condições de vida, e somente o trabalho pode proporcionar este bem estar. Segundo Adam Smith, de todos os factores do processo produtivo, o trabalho é o factor de produção mais importante.

Uma economia só pode avançar se haver trabalho, um bom sistema económico deve gerar empregos, e o trabalho só pode ser criado se haver investimento. O desemprego, o subemprego e o excesso de informalísmo são nocivos a vitalidade da economia. Neste sentido, dá-se nota positiva ao governo, ao propor-se em criar 500.000 mil empregos até 2022, segundo o programa de Governo para o período de 2017/2022. Toda via, deve-se alertar que a solução dos empregos não pode ser resolvida com o recurso aos concursos públicos para o emprego, a solução ao desemprego não pode ser encontrada enchendo o aparelho do estado, mais sim, fomentando o emprego no sector privado.

Com o problema do investimento e trabalho resolvido, a próxima meta é olhar para o nível de produtividade da economia, o mundo hoje é muito desafiador, e um dos factores que permite que produtos importados, com todos os custos associados a processo de importação, ainda assim, custarem menos que os produtos locais, é exactamente a produtividade. Segundo o site de informação português “http://portuguese.people.com.cn”, A China detêm um dos maiores recorde dos níveis de produtividade no cultivo do arroz. A história da revolução da economia chinesa, esta cheia de exemplo de superação e altos níveis de produtividade.

O alcance de uma economia forte, só é possível, desenvolvendo-se a cultura da produtividade, as empresas, as associações empresariais, o governo e todos os agentes económico no geral, devem adoptar medidas que visem aperfeiçoar a eficiência no trabalho, buscando maiores conhecimentos, potencializando o factor humano e por conseguinte melhorando os níveis de produtividade.

O nível de eficiência de qualquer negócio é resultado da qualidade da sua produtividade. Só será possível competir com as outras economia, e garantir o crescimento e prosperidade das empresas nacionais, se o nosso trabalho for produtivo, obtendo mais resultados e utilizando cada vez menos recursos. Uma economia produtiva, é a garantia do retorno do investimento e da liquidação dos empréstimos contraídos para gerar trabalho.

Fica claro, haver uma forte relação entre estes três factores, Investimento, trabalho e produtividade. De volta aos assuntos doméstico, o sucesso desta governação vai depender da sua capacidade em fazer combinar estas três variáveis, como barómetro para alinhar as suas políticas económicas.

São claros os esforço do governo, em buscar solução para o problema do investimento, desenvolvendo várias diligências em busca de financiamentos. O segundo factor, o trabalho, apesar de estar no seu plano de governação, pouco ou nada fez-se em um ano de mandato, não havendo investimento não haverá trabalho. Por último, a utilização eficiente dos recursos, humanos e matérias, vai depender muito da coragem que o titular do poder executivo tiver, em disciplinar os servidores públicos, resgatando os valores éticos empresarial, combatendo seriamente os males que se propõem, de modo que, o fim último dos investimentos seja atingidos, criar empregos e melhorar a produtividade. Com estes resultados, recuperar a economia de forma sustentável e proporcionar melhores condição de vida a população.

João Vakanda