Lisboa – A Procuradoria Geral da República está a investigar as contas bancarias do ex-governador da Huíla, João Marcelino Tyipinge, a fim de se encontrar vestígios que o ligam ao desaparecimento de 200 milhões de kwanzas (606 mil euros) destinados ao sector da educação e que os seus colaboradores terão burlado ao Estado.

Fonte: Club-k.net

Conhecida como a  “Isabel dos Santos  da Huíla”

Dados em posse do Club-K, indicam que em todos os negócios que João Marcelino Tyipinge se envolvesse enquanto governador da Huíla, as comissões que recebia eram canalizadas para as contas bancarias de uma filha Maria Rosa Antónia Gilberta Tyipinge Escovalo, conhecida como a “Isabel dos Santos da província da Huíla”.

 

Maria Tyipinge Escovalo que se encontrava a estudar geografia no Brasil regressou ao país em Abril de 2017. Logo a seguir o pai, impôs o seu nome no quarto lugar da lista de candidatos a deputados pelo circulo provincial da Huíla, de que foi eleita, gerando na altura descontentamento por, os militantes, a não a reconhecerem militância. Enquanto estudante no Brasil, o pai havia também colocou Maria Tyipinge Escovalo como Directora Municipal da Educação, Ciência e Tecnologia da Humpata, de modo a que a mesma beneficiasse de salário da função pública.

 

Enquanto governante, Marcelino Tyipinge tinha a fama de misturar as suas funções governamentais com os negócios privados. Uma empresa da filha Rosa Tyipinge, prestava serviços a maternidade Irene Neto. Tais negócios, não eram alheios a Altino Chantal Matias, o cunhado do ex-governador que exercia o cargo de diretor provincial da Saúde antes de ser transferido para exercer outras funções no ministério da saúde em Luanda.

 

O ex- governador foi também varias vezes apresentado como tendo interesses na empresa Zomolion, que tem o contrato para a recolha lixo (resíduos sólidos) da cidade do Lubango. A hospedaria Primor, na Humpata que acolhe hospedes do governo é também associada aos negócios da família Tyipinge.