Luanda - Se João Lourenço não se recorda é José Eduardo que o elegeu para o poder substituir, mesmo tendo sido um acto difícil no Buro - Político, José Eduardo dos Santos impôs aos seus que fossem aceitar Lourenço para o substituir, mas a aura que tomou a alma dos seus, era expressa na petulância de que Lourenço não fazia exemplo de um bom camarada, portanto não o queriam ter por perto. Dos Santos remeteu – se ao seu poder soberano, deu um murro sobre a mesa, e disse que “era ele o chefe”, e, que ninguém o poderia contraria, apelou ser Lourenço – o homem à substitui – lo. Caso contrário, demitia – se do cargo. Depois desta desforra, veio o silêncio à inundar a turma de sacerdotes e anciões, permitindo – os, à concordar a imposição do Chefe, aceitar aquele que ninguém entre os quais um dia quis o ter como chefe de todos.

Fonte: Club-k.net

Nem sequer dois anos se foram, Lourenço humilha, destrata, pisoteia, menospreza, mexerica, macula, cuspe no prato em que sempre comeu e se nutriu, o defendido, revoltou – se tornando – se um inimigo declarado do Chefe.

Não dá para acreditar que foi esse jovem – político que Dos Santos atribuiu à turma de sacerdotes e anciões do MPLA à aceitá – lo como novo “Papa da corte do MPLA e da República”, um acto feito com arrogância e obrigação inabdicável, porque o seu ensejo de ser presidente no MPLA nunca foi recebido de maus abertas, foi Dos Santos, quem preparou o terreno e fez de tudo para que esse fenómeno fosse um acto à suceder, longe disso, Lourenço jamais um dia havia de chegar à esse patamar tão alto que hoje aufere, porque a credibilidade de Lourenço no Buro Político do MPLA era um acto inerte.

 

Hoje, Lourenço foi assaltado por uma cegueira hedionda sobre o passado breve de que viveu, anda entregue ao esquecimento de tudo quanto Dos Santos fez por este. Deprecia quem tudo procurou para colocá – lo nas veste de um líder do MPLA. Coisa que nem sob efeito de um milagre um dia havia de acontecer, porque o próprio MPLA estava longe de o querer por perto como Papa da corte. O típico combate à corrupção que se propõe, já deixou de sê – lo à muito para simplesmente transformar – se numa espécie de “caça às bruxas”, até parece que a raiva que anda lá exposta na casa civil e militar do Presidente da República é tanta que nem mesmo o vento que de lá sai vem contaminado de ódio contra Dos Santos e os que lhe são próximo, coisa que diga – se a verdade, nem sequer num Estado tão democrático como Inglaterra, uma Rainha Isabel mesmo tendo cometido erros, a dignidade e o prestígio são marcas de honra que também servem para a grandeza do País, e são proibidos à desrespeitá – la, seja quem seja, coisa que nem mesmo nos ditos EUA achados em serem os mais democráticos do mundo, se aceitaria expor a imagem de um líder da República, à ser exemplo, um Buch com erros trágicos que cometeu, Hillary Clinton cometeu ainda piores erros, mas as honras de líder de ápice como estes não valem o preço da arrogância de ninguém, é necessário conservar a dignidade dos homens, porque sem esta nada os seria possível para a grandeza. Coisa que nem o Brasil, um dos países mais corruptos da América Latina, Lula mesmo sendo lançado à masmorra por corrupção porém o acto de honra e dignidade no seio do partido está lá em pé e ninguém mata isso, sempre digno, diga – se a verdade: “nós os negros somos mesmo pretos, só vale o actual, o passado é enterrado, coisa que deve – se falar é a verdade de África”.

 

A ser verdade nenhum éx – Presidente no mundo nas condições de Dos Santos, sendo o MPLA partido que dirigiu desde 17 de Setembro de 1979, e ainda por cima, sendo ele à indicar o seu sucessor, um sucessor que ninguém queria, sabe a verdade que em nenhum País do mundo, passaria terrível humilhação nestas circunstâncias. Se alguém se recorda, Dos Santos recebeu o poder em 1979 e isso, para que são sete dias, são quase 40 anos em frente de uma República, nem que fosse um ser robotizado a fazê – lo mereceria respeito e dignidade, por servir à pátria e mantê – la unida. Ainda mais Eduardo dos Santos que recebeu um País mergulhado no caos que perdia de forma imatura o seu líder único, numa altura severamente complicada, que situava a distorção dos acordos de Alvor com o seu respectivo troco, era um acto de clara excepção que um menino viria à tornar facto. Dada situação bateu – se de forma dura contra o Apartheid, bateu – se de forma dura contra o egoísmo ocidental e norte – americano que encontravam no País angolano oportunidades para impor as suas ordens. Trouxe ao país uma paz efectiva, algo que depois da independência não há dúvidas alguma haver um feito único similar. A crise jamais terá uma comparação à guerra de duração de quase trinta anos, que consumiu fábricas, destruiu indústrias, acabou com todo o tecido humano, deixou órfãos, deixou viúvas, desamparou cidades. Tudo que da guerra veio é a destruição, nas aldeias nem ratos e baratas ficaram em pé. Para tal facto, é míster que José Eduardo dos Santos assumiu o papel de um embaixador da paz, e, mesmo que Lourenço venha vencer a crise, sua grandeza está longe de chegar à Dos Santos. O pior de tudo é que as perseguições arbitrárias vendidas ao fumo de combate à corrupção não o darão mérito algum, senão mesmo, cedo ou tarde, o povo há - de acordar do sono que sempre o torna dorminhoco sem perceber o que se passa no País em que vive, seu projecto de humilhação à Dos Santos estará exposto ao olho de todos de que: “Não há combate à corrupção nenhuma, há perseguição e caça às bruxas”.

Dada situação um projecto de humilhação bem montado por João Lourenço à pessoa de José Eduardo dos Santos já começou à suceder, humilhar desprezar e fazer o homem de leme do País num pateta qualquer se tornou um vício da PGR que espera do apito de cima para poder operar as suas acções pecaminosas com fins únicos políticos e não jurídicos. Há alguém que se lembra enaltecer Dr Agostinho Neto o herói nacional, mas também há alguém que se lembra dizer ser Dr Agostinho Neto um apátrida, assassino, vingador e somatizador, que no dia 27 de Maio dizimou famílias completas, muitas das quais enterradas vivas, sem nenhum direito à julgamento, e as cicatrizes por este deixadas continuam vivas naqueles que isso viveram, outras queimadas, um acto hediondo Neto cometeu contra a pátria, ficou vestido no simbolismo de herói nacional, não porque o País quis, mas, porque José Eduardo dos Santos soube durante mais de 30 anos preservar a imagem do Chefe, se fosse como Lourenço, hoje Neto nem sequer um trapo para dejetos sê – lo – ia ao País, porque o crime hediondo que cometeu à que compará – lo aos piores assassinos da história da humanidade. Mas Dos Santos salvou o País, deu ao País um novo amanhã, é pena que à quem escolheu e acolheu para o substituir, é o efeito completamente contrário que vem, destruição total da imagem de Dos Santos, ao invés de cumprir um programa de combate à corrupção gasta todo seu tempo à perseguí – lo, feito um inimigo declarado e pronto à abater. Dos Santos ficou sozinho, mas o tempo vai falar tudo, se é bem verdade, nenhuma injustiça permanece em pé para sempre. Daqui à pouco tempo, é o próprio povo que hoje aplaude as perseguições em fumaça de combate à corrupção que irá dizer à Lourenço de ser um péssimo líder, um ditador, um vingador, um homem sem projectos actuais e inteligentes, que gasta mais tempo em perseguir Dos Santos, e seus próximos que concentrar à sua atenção sobre a resolução dos problemas do povo.

 

Há uma semana afloramos o facto de ter havido a pretensão do vice-Procurador Geral da República, Mota Liz, ir à residência de José Eduardo dos Santos, para o avisar que eles, PGR, iriam determinar a prisão do filho, José Filomeno dos Santos, ex-presidente do Fundo Soberano.

Para a prossecução desta barroca engenharia pretendia a companhia de Leopoldino do Nascimento e Carlos Feijó, mas estes declinaram o convite uma vez que, na altura, a notícia já corria nas redes sociais.

Na tradição africana, ainda que seja um monstro, nenhum pai, que já tenha exercido altas funções no Estado, como é o caso de José Eduardo dos Santos, estaria preparado ou aceitaria com a frivolidade ocidental, tal informação, no escopo da boa-fé ou do politicamente correcto, mais a mais não vinda de um ancião, mas de um menino, pese as relevantes funções que exerce.

E neste patamar, Dos Santos na lógica de haver uma clara tentativa de humilhação, por parte da PGR e, quiçá, do presidente do MPLA e da República, uma vez que já corria nas redes sociais, a notícia da prisão do filho, mostrou-se indisponível para receber o Vice-Procurador-Geral da República.

Neste diapasão, na opinião de próximos de José Eduardo dos Santos, tudo aponta, alegam, existir um projecto que vai de humilhação em humilhação, até a humilhação final, pois mal estava refeito do primeiro embalo (prisão do filho) e “recebe a notícia de violação domiciliar da FESA, por parte de agentes policiais, ao serviço da DNIAP, fortemente armados, como se o local fosse um covil de bandidos, para prender o presidente da Fundação, Ismael Diogo, sem que da diligência tivesse sido notificado, como determina a lei”, disse Manguel Jonafo, alto funcionário da instituição.

“Eles entraram fortemente armados, com as armas em riste, quando chegaram no andar do dr. Ismael colocaram a secretária, determinando que ela dissesse onde estava o chefe, mandaram-lhe abrir a porta”, conta, acrescentando, terem-no encontrado a “despachar e foi apanhado de surpresa, pois estava a despachar e, na hora, apontaram-lhe a arma à cabeça, mandando-o assinar o mandado de captura, para depois lhe aplicarem as algemas e saírem com ele, em risos e chacota, como se ele fosse um delinquente altamente perigoso e a FESA um local de bandidos”.

Na sua opinião “se esta prisão foi determinada pelo Procurador-Geral da República, general Pita Gróz, como forma de prender homens que consideram próximos do camarada José Eduardo dos Santos, então é porque existe aval do Presidente João Lourenço, nesta cruzada de luta contra a corrupção, que tudo vale, mesmo atentar contra direitos fundamentais da pessoa humana”.

Ismael Diogo, segundo a Procuradoria-Geral da República foi notificado por três vezes e não compareceu, logo, no quadro da lei deve ser levado por coacção, mas esta não significa prisão, mas condução para prestar declarações, sendo-lhe aplicada, no final, alguma medida ou não de restrição de movimentos.

Uma questão, se o ex-presidente da República tem imunidades, durante cinco anos, como podem neste período invadir as suas residências e escritórios, como fez o DNIAP, na FESA, fundação do Eng.º Eduardo dos Santos, sem notificação ao patrono, sobre este trungungu policial, como se fosse num filme de terror. Pior que um bando de assaltantes querendo se passar por policias, apontando armas nas cabeças coisa insana de gente vendida à actos imorais e anti – cívicos, coisa que contam – se aos dedos, ninguém no mundo, que soube ser durante anos um líder de uma nação, estaria preparado para aceitar tamanha humilhação, feita com mão sujas e vergonhosas, sem honra, nem valor de pessoa, afinal a FESA não é um covil da máfia. E ainda assim, esse acto foi realizado com um cunho altamente depreciável. Lourenço está a fazer uma figura que mais tarde há de destruir o seu próprio poder, porque ninguém pode pagar o mal pelo mal, mas sim o contrário, agir sem moral, sem piedade, nem sequer pendor de humanidade, nos parecemos estar mais uma vez em frente de um líder déspota e tirano que veio para atender os seus planos de vigança, perseguição e caça às bruxas.

O gosto pela desunião e destruição de JES é tanto, que é o próprio MPLA que estará de rastos e vergado no abismo, afinal de contas JES é um líder de respeito dentro e fora do partido, em Angola e na África, senão mesmo no mundo. Destruindo sua imagem, destrói – se também o partido, é a desunião que estará em pé, não tão baixo quanto qualquer coisa, mas se a emoção está acima da razão, a força impera e o resultado é desastroso, inevitável, inesperável, disso há certezas absolutas: “estamos à beira de um colapso total de negritude angolana!”