Lisboa – O antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos rejeitou aderir a uma iniciativa do seu sucessor João Manuel Gonçalves Lourenço que propunha contar com a sua presença no palácio presidencial para ser homenageado no quadro das comemorações do 43º aniversário da Independência Nacional.

 

Fonte: Club-k.net

Por alegada Indisposição psicológica 

 

Lourenço orientou a um alto funcionário do seu gabinete, José Filipe que fosse a residência do seu antecessor, no bairro miramar, em Luanda, para pô-lo ocorrente. A mensagem de JES transmitida ao  interlocutor presidencial foi de que não tinha condições de participar em tais condecorações tendo um filho na prisão.

 

A indisponibilidade manifestada por JES, segundo apurou o Club-K, acabou por comprometer planos da agenda presidencial cujo pacote incluía condecorações simultâneas a António Agostinho Neto, Jonas Malheiros Savimbi e Álvaro Holden Roberto, as três principais figuras do nacionalismo angolano que em 1975, subscreveram, os acordos de Alvor, para a proclamação da Independência Nacional, a 11 de Novembro.

 

Os três subscritores de Alvor seriam condecorados com a Ordem da Independência, 1.º Grau, a título póstumo, a mais alta existente no país. No acto realizado, foram apenas condecorados a Ordem da Independência, 1.º Grau figuras como: Viriato Clemente Francisco da Cruz; Ilídio Thomé Aires Machado; Cónego Manuel das Neves; Eduardo Jonatão Chingunji; Simão Gonçalves Toco; Deolinda Rodrigues; Pedro de Castro Van-Duném “Loy”; Ambrósio Lukoki.


JES iria beneficiar da mesma categoria (Ordem da Independência, 1.º Grau). Porém, a sua negação remeteu as autoridades a transferirem a homenagem dos outros três (Neto, Savimbi e Holden) para próximo ano.

 
No passado, isto é Novembro de 2005, o Presidente, José Eduardo dos Santos, foi apenas condecorado, no então Palácio dos Congressos, em Luanda, com a Ordem da Paz e Concórdia do 1º Grau, pelo seu engajamento no processo de pacificação do país, numa cerimónia assistida pelos seus então homólogos de Portugal, Jorge Sampaio, de São Tomé e Príncipe, Fradique de Menezes, e do Congo-Brazzaville, Dennis Sassou Nguesso.