Lisboa – O chefe da Direcção Principal de Preparação de Tropas e Ensino das FAA, general Adriano Makevela Mackenzie (na foto), segundo  o Maka Angola,  pediu demissão por alegada discriminação tribal que terão ferido a sua honra, como angolano nascido na região sul do país. 

Fonte: Club-k.net

Antigo responsável das comunicações da UNITA, Adriano Makevela “Mackenzie”, fez parte dos generais que em 1992, foi mantido sob  custodia  pelo governo depois das  forças leais ao Presidente José Eduardo dos Santos terem assassinado  altos dirigentes da direção do “Galo Negro”, nos confrontos de Luanda. 

 

Incorporado nas FAA, Mackenzie foi exercendo vários cargos de responsabilidades nas estruturas castrense tais como de Chefe da Direcção Principal de Reconhecimento e Informações. Como responsável pela Direcção Principal de Preparação de Tropas e Ensino, Mackenzie tem também a competência pela distribuição de bolsas de estudos aos militares.

 

Em Junho passado, segundo reportou o Maka Angola, o novo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general António Egídio de Sousa Santos, chamou-lhe no seu gabinete para lhe transmitir que tem “dado muitas bolsas de estudo aos homens do Sul”.  O general Disciplina é natural de Malanje, do grupo etnolinguístico kimbundu.

 

Desmoralizado como um dos “homens do Sul”, o general Mackenzie pediu a demissão e a passagem à “inactividade temporária”, para se dedicar à formação académica. O Maka Angola indica que a causa principal do seu pedido de demissão assenta no facto de se ter sentido ofendido no seu orgulho patriótico e na sua identidade, por ter visto a sua carreira atacada por ser um “homem do Sul”.

 

Segundo apurou o Club-K, o pedido de demissão do general - que aguarda pela eventual aceitação do comandante-em-chefe, João Lourenço - esta agora a ser paralela com ameaças de que será levado ao Tribunal Supremo militar para esclarecimento de supostas irregularidades no processo de gestão de bolsas de estudo para os militares.