Benguela - O primeiro secretário do MPLA em Benguela, Rui Falcão, garantiu que o partido vai trabalhar para pôr termo à alta corrupção, custe o que custar.

Fonte: JA


“Vamos pôr termo, principalmente, à alta corrupção neste país, custe o que custar, pois não podemos ter uma Angola melhor enquanto continuarmos a ter os desequilíbrios que temos”, disse Rui Falcão, ao discursar sábado no acto provincial antecipado para a assinalar o 62º aniversário da fundação do MPLA, que se assinala hoje.

 

Temos que pôr todos os recursos de Angola ao serviço do nosso povo, melhorando as nossas escolas, hospitais e a qualidade de vida das nossas famílias, em detrimento de alguns encherem os bolsos com o sacrifício dos outros, sublinhou.

 

“Não podemos trair a memória daqueles que deram a sua vida pela nossa independência, na convicção de que seriamos um povo livre e feliz, um povo digno da pátria que tem”, frisou.

 

O político garantiu que não se pode recuar perante esse desafio, nem ter medo de ninguém, porque não há dinheiro que pague a consciência dos milhões de militantes. “Alguns podem ter muito dinheiro, mas não têm dinheiro suficiente para corromper as nossas mentes”, sublinhou.

 

Rui Falcão reconheceu que um dos principais erros que o partido cometeu foi na distribuição da riqueza. O programa do MPLA, disse, sempre visou atingir a independência nacional e conquistar a independência económica.

 

“Ninguém queria que fóssemos economicamente independentes, que tivéssemos angolanos ricos que pudessem dirigir a nossa economia, mas o MPLA decidiu que tínhamos que ter empresários ricos, cidadãos que pudessem guiar a economia do país, para não estarmos dependentes de terceiros e particularmente de estrangeiros”, salientou.

 

Começamos bem, adiantou, “mas mantivemos a riqueza nas mãos de meia dúzia de pessoas, esse foi o grande erro porque se tivéssemos cumprido o programa, hoje teríamos muitos mais empresários ricos, mais emprego e estaríamos muito melhor”.

 

Rui Falcão exortou aos militantes a combaterem o nepotismo e a deixarem de proteger as pessoas que lhes são próximas, apenas, por serem próximas, valorizando o mérito dos que merecem estar nos lugares certos, em detrimento dos bajuladores que só querem se aproveitar da militância.

 


“Têm que ser os nossos militantes a escolher os nossos candidatos, aqueles em quem o povo se revê pela sua honestidade, humildade, sua maneira de ser e de estar na vida, pela dedicação ao partido e não os oportunistas que só surgem quando está lá o tacho”, recomendou.

 

Na Huíla, o primeiro secretário do MPLA na Huíla, Luís da Fonseca Nunes, reafirmou que as áreas da educação, saúde, habitação, a auto-suficiência alimentar e o combate à pobreza como prioritárias na agenda de governação do partido.

 

Luís da Fonseca Nunes, que falava no acto de massas realizado no município do Chipindo, para assinalar os 62 anos de existência do MPLA, reconheceu que há engajamento para a recuperação da economia, com a busca do crescimento e a diversificação da produção de bens e serviços.

 

“O estilo de construção da nova Angola, definido pelo MPLA, assenta em agregar todos na constante busca das realizações sociais e, por isso, seguimos interligados aos ideais do nosso partido, para colocarmos a nossa província no lugar que merece”, disse.

 

O político referiu que as reformas que o MPLA está a introduzir nos diversos sectores da vida nacional, visam aumentar o grau de inclusão da sociedade e fazer com que todos tenham oportunidades iguais, prosperem na vida e que seja garantido o bem-estar e a felicidade dos cidadãos.

 

O MPLA continua comprometido com as preocupações do povo, para que seja efectivamente corrigido o que está mal e melhorar o que está bem, frisou.