Lisboa – A académica angolana Maria Luísa Abrantes “Milucha” considera que o antigo Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos era rodeado por abutres que hoje o largaram. Luísa Abrantes fez esta consideração em entrevista, nesta terça-feira (17) ao programa radiofónico “Café da Manha” da emissora LAC, em Luanda.
Fonte: Club-k.net/LAC
Na referida entrevista, retomada pelo Club-K, a jurista lamentou o facto de terem surgido vozes [dentro do regime] a apelidarem JES com termos como “um grande assassino”, outras vezes “como um dos piores Presidentes de África”. A mesma questiona onde estavam estas pessoas que o rodeavam e que agora a aparecem a fazer criticas.
Por esta razão, não tem duvidas que “todas as pessoas que o rodeavam eram abutres”, e interroga-se dizendo que “hoje [ele JES] é largado?”.
“Nunca se levantaram para abrir a boca, e só agora é que estão a lembrar”, questionou Maria Luísa Abrantes advertindo que quanto a isso, a histórica registará. Segundo o seu ponto de vista, o ex-Chefe de Estado José Eduardo dos Santos irá certamente “ser lembrado [pela positiva] por muitos, até pelos seus inimigos”.
JES, segundo ainda revelações desta antiga PCA da extinta ANIP, “é muito sereno, nunca se alterou. Não trata mal a ninguém” e “muitas decisões que tomou, foi por ter ouvido pessoas que lá estão hoje”.
Disse ainda que não “Foi aconselhado por pessoas que não tinham nível”.
Rejeita que se compare José Eduardo dos Santos a Savimbi, lembrando que o seu ex-companheiro nunca mandou queimar nenhuma esposa na fogueira.
Considerada como uma das 50 mulheres mais influentes de África, Maria Luísa Abrantes tornou-se numa das categorizadas vozes femininas de Angola. As suas intervenções públicas, segundo apurou o Club-K, são de leitura obrigatória e com impacto nas redes sociais.