Ebo – “Se é uma governação participativa e inclusiva então o Ebo é dos elementos e município que quer ficar dentro desta corporação para que juntos possamos colmatar todos os problemas inclusivé a grande situação que advém que é o combate a fome e a pobreza no seio das famílias”, começou por afirmar o administrador.

*Fernando Caetano
Fonte: Club-k.net
Rui Feliciano Miguel é seu nome. É quadro afecto a administração do território e do governo do Kwanza-Sul há mais de duas décadas e meia.

Homem de trato fácil, a julgar pelas qualidades que ostenta fruto da sua passagem pela vida militar nas então FAPLAs como oficial superior, Rui mostra-se preocupado com os problemas que afectam as populações da área sob a sua jurisdição e não só.

Com a principal via de acesso que liga a sede da vila do Ebo a Estrada Nacional 240, na sede da comuna do Condé, na mesma circunscrição administrativa concluída a cerca de 70%, o administrador sente-se bafejado pela sorte e pretende juntar o útil ao agradável.

Numa das suas passagens a cidade do Sumbe em serviço, o Club K abordou-o no sentido de debruçar-se um pouco sobre o desenvolvimento sócio-económico e produtivo do tradicional município agrícola do Ebo, ao que respondeu ser urgente, em 2019, imprimir maior dinâmica em todos os segmentos da vida social do município para o resgate da mística do maior celeiro da província em termos de produção agrícola sobretudo da agricultura familiar.

“Fruto disso esta dinâmica vamos fazê-la com uma maior efusão para que de facto passamos ter esta proximidade com as nossas populações. Visitas constantes, informação constante e passada aos munícipes para que possamos fazer uma gestão mais clara e aberta a nível do município do Ebo”, adiantou.

Quanto a gestão do erário público posto à disposição da sua administração, Rui Miguel apegou-se na velha máxima dizendo que “se para muitos houve tempo de vacas gordas, esse tempo conheceu seu fim”. Referindo-se da gestão danosa que se foi assistindo ao longo dos tempos.

Para o administrador, o mais importante é trabalhar com e para o povo, empregando o dinheiro que (e é) do povo para construção de infra-estruturas escolares, hospitalares, pequenas indústrias transformadoras, habitação e mais, preservando assim os ideias de António Agostinho Neto.

«Apesar das peripécias com que os camponeses se debatem na aquisição de inputes e fertilizantes, a população do Ebo não cruza os braços e vai à luta», disse, prosseguindo que «grande parte da produção se encontra em zonas de difícil acesso está a estragar no campo por falta de escoamento devido as péssimas condições das estradas terciárias inoperantes».

Rui Miguel não se cansa em solicitar a classe empresarial angolana e estrangeira a investirem no Ebo nos vários sectores com destaque para a agro-indústria, turismo, cultura e muito mais, tendo lembrado a grande reserva de hipopótamos que só o Ebo ostenta.

INTRIGUISMO

O Cluk K procurou saber de Rui Miguel sobre informações postas a circular nas redes sociais, segundo as quais, o administrador estava arrolado num processo-crime sobre peculato. Em resposta, Rui Miguel diz no Ebo não se admite gente intriguista porque ‘o intriguista é como carvão, se não queima, suja’.

«Sabemos quem são estas pessoas. Elas não fazem e não querem deixar os outros a fazer algo pelo povo. A nossa educação é diferente e nunca ouve espaço para darmos destino incerto a dinheiro do Estado. Os dinheiros foram empregues de forma correcta conforme o programa do governo e da edministração local», garantiu.