Luanda - Os partidos políticos precisam de sentar, negociar e num calendário definitivo para a normalização institucional, opina o opositor Abel chivukuvuku, da UNITA.
Fonte: Apostolado
Martelou neste ponto de vista entre os sete apelos que ele adiantou, na terça-feira passada, na ‘Rádio Ecclesia’, como saída ao presente impasse das eleições presidenciais, que está a afectar até o processo constituinte.
«Não podemos continuar com a incerteza, com a imprevisibilidade. Ninguém sabe quando é que as coisas vão acontecer, como vão acontecer. Não. Tem que haver um calendário até o ano tal, vamos ter eleições tais. Já sabemos que em 2012 estão outra vez legislativas. Mas as presidenciais quando é que serão?», disse.
No primeiro ponto, Chivukuvuku lançou um apelo ao MPLA para «ser o primeiro a cumpri com as leis, porque senão perderá a autoridade moral de exigir que os angolanos cumpram a lei.»
Preconizou, em segundo lugar, «um processo constitucional sério jurídico e legalmente sustentado e patriótico».
«Claramente apostar sem tergiversação num modelo de Estado verdadeiro, democrático e de direito», foi o seu quarto ponto.
A quinta proposta é «aprovarmos normas constitucionais que ofereçam garantias de segurança e imunidade aos mais altos dignitários do Estado para ultrapassarmos o sindroma da incerteza e do medo quanto ao futuro.»
«Para as próximas eleições, os cidadãos devem compreender que dar maioria a um partido, seja ele qual for, mesmo se for o meu, na verdade que é a UNITA, não é saudável para a democracia», acrescentou o político, acusado mesmo pelos pares do seu partido de ambições presidencialistas autónomas.
Enfim, exortou todos os opositores e não só a se empenharem para oferecer uma «alternativa positiva e credível» ao MPLA.