Lubango - O director-geral dos Serviços Penitenciários de Angola, comissário-prisional principal, Jorge Mendonça Pereira, admitiu, nesta sexta-feira, no Lubango, serem "más", as condições de acomodação dos reclusos na penitenciária da comarca da Huíla, que acomoda do dobro da sua capacidade.

Fonte: Angop
Concebida para albergar 520 reclusos, interna hoje mil e oito reclusos, sendo 644 detidos e 364 condenados, entre os quais 33 senhoras e destas, sete estão com filhos menores.

A constatação foi feita pelo oficial, no âmbito de uma visita de um dia à província da Huíla depois de ter passado pelas províncias do Cunene e Namibe, no quadro do programa de ajuda e controlo que visou, por um lado, avaliar projectos e programas em curso, seu grau de implementação e encontrar pontuais medidas de correcção.

Falando à imprensa, referiu que quando se regista superlotação num estabelecimento prisional, “naturalmente as condições são más”.

Fez saber que para se ultrapassar a situação vai avaliar também o nível de execução física das obras de reabilitação e ampliação do estabelecimento prisional da Matala, paralisadas há mais de quatro anos e apontar-se uma possível solução a curto ou médio.

“O estabelecimento prisional da Matala, após a sua conclusão terá uma capacidade para 600 reclusos, o que de certa forma irá desafogar a comarca do Lubango e dar melhor comodidade aos detidos e condenados internados alí”, sublinhou o oficial do Ministério do Interior.

Entretanto, destacou que com o aproximar do dia 20 de Março que marca o 40 aniversário dos Serviços Penitenciários, está também a transmitir algum alento aos efectivo, proporcionando as necessárias dinâmicas motivacionais, pois sabe que o trabalho que exercem não é fácil, mas ainda assim o fazem com zelo e dedicação.