Brasil - O Grupo Asperbras e o Ministério dos Transportes de Angola estudam a expansão de seus projetos de mobilidade urbana no país africano. Para isso, uma comitiva angolana veio ao Brasil analisar os moldes da logística local, em busca de novos conceitos que possam ser aplicados por todo país. “Essa visita tem grande importância para se obter subsídios que melhorarão o transporte público e na qualidade de vida da população”, diz Geraldo Hypolito, da Asperbras.

Fonte: ECCOCONSULTORIA

Com quase 30 milhões de habitantes, o transporte público em Angola, hoje em dia, disponibiliza apenas cerca de mil ônibus – como comparativo, na cidade de São Paulo a frota é de quase 15 mil ônibus. Com isso, a população depende muitas vezes de vans irregulares para conseguirem se locomover. O Grupo Asperbras, em projeto firmado com o Ministério dos Transportes, aceitou o desafio de tentar mudar a realidade local ao propor um novo conceito de transporte público. A estratégia é oferecer apoio na reestruturação do sistema de transporte, aumentando o número de veículos disponíveis, apresentando à população benefícios de acesso ao transporte, entre outros incentivos.



Para realizar esse estudo, a Asperbras recebeu no Brasil membros do Ministério dos Transportes de Angola, responsáveis pelas instituições mais importantes do país, visando a melhoria não só no transporte rodoviário, assim como em todos os setores envolvidos, incluindo o transporte ferroviário e marítimo.


No estado de São Paulo, a comitiva visitou empresas de transporte urbano, empresas públicas responsáveis pela fiscalização e regulação do transporte local, terminais rodoviários e hidroviários (litoral sul), estações de trem e de metrô. A última parada ocorreu em Curitiba, onde conheceram a Rede Integrada de Transporte Coletivo.


Nos lugares visitados, os membros do Ministério dos Transportes observaram o monitoramento e gestão de frota, o controle do sistema de bilhetagem eletrônica através de emissões de cartões e bilhetes, a integração dos sistemas de transporte público, o transporte marítimo entre cidades, como balsas e barcos, e conheceram melhor a tecnologia aplicada em cada região, além de entender melhor sobre os subsídios concedidos pelos governos locais.


Com isso, a comitiva e o Grupo Asperbras pretendem colocar em prática em Angola todo o expertise adquirido no Brasil, adaptando-o gradativamente a cultura local, e principalmente buscando oferecer melhores condições para o transporte de estudantes, idosos e deficientes, A expectativa é que a reestruturação nos moldes do transporte urbano brasileiro tenha um impacto extremamente positivo e alcance todo o país nos próximos anos.