Luanda - O banqueiro Mário Abílio Palhares, depois de ter feito o juramento na qualidade de testemunha, disse ser a primeira vez que o seu banco recebeu um cheque de 50 mil milhões de dólares, montante esse que, segundo ele, a economia angolana não tem, nem os bancos comerciais, nem muitos países de África.

Fonte: O País

Confrontado com um documento supostamente forjado pelos tailandeses que atesta que o dinheiro havia sido depositado na conta da aludida empresa no BNI, a testemunha declarou que “era bom. Angola estaria rica. Se assim fosse teríamos cancelado o processo junto da UIf”.

 


Acrescentou de seguida que se esse dinheiro fosse enviado ao BNI, “teríamos de responder a uma série de questões de compliance”.

 

O presidente do Conselho de Administração do BNI declarou que na única audiência que concedeu à delegação tailandesa, acompanhada por alguns angolanos, não lhe foi mostrado o cheque de 50 mil milhões de dólares.

 

Os cidadãos expatriados manifestaram o interesse de trabalhar com o BNI, uma vez que tinham um fundo de investimento para projectos sociais.


Disse que o cheque foi apresentado ao director comercial do BNI, Edson Matoso, que lho mostrou a posteriori.

 

Quanto à pressão que alegadamente terão sofrido, esclareceu ser natural os clientes do banco pretenderem ver as suas operações rapidamente realizadas, mas o banco prosseguiu com as diligências até à conclusão.


Belarmino Van-Dúnem, que saiu de arguido a declarante, afirmou que solicitou à direcção do Serviço de Migração e Estrangeiros que facilitasse a atribuição de vistos aos tailandeses que pretendiam investir no país, tendo sido informado que o processo estava em curso. Pelo que os expatriados deveriam recorrer à sede do SME para darem sequência ao assunto.


Justificou que fê-lo porque a Agência para a Promoção do Investimento e Exportações de Angola (APIEX) tinha como uma das suas missões a articulação com pessoas colectivas públicas e privadas, concorrendo para a efectivação de investimentos no país.