Lisboa -  O novo chefe de Estado Maior da Unidade de Segurança Presidencial (USP), coronel Santos Manuel Nobre, é acusado numa exposição da autoria do conselho deste organismo militar, de ter adotado comportamentos (menos bons) semelhantes aos praticados no passado, pelo general de triste memória, António José Maria.

Fonte: Club-k.net

Coronel  Santos  prende colegas sem ouvir a Procuradoria Militar 

Na exposição, a qual o Club-K, teve acesso, o coronel Santos Manuel Nobre é denunciado como tendo praticado “actos de nepotismo, abuso de poder, desrespeito ao hino-nacional e ameaças contra a tropa da USP.”

 

O coronel, segundo citações da exposição “não respeita o Hino Nacional, porque varias vezes já chegou até a interromper o hino só para dar ordens ou ofender os oficias que dirigem a parada. Elle tem usado ameaças e muitas vezes até já chegou a mandar/transferir  para o exercito colegas por cometerem infrações  como aconteceu com  o  capitão Raul,  por se ter recusado em partilhar com ele um presente que recebeu do ex-presidente do Congo”

 

“Ele coloca tropas na prisão sem documentos e estes ficam mais de 5 dias sem serem ouvidos. Os presos só são postos em Liberdade com ordens do mesmo.”, le-se no documento acrescentando que Santos Manuel Nobre chega ao ponto de colocar na cadeia pessoas que tem dividas consigo, e o mais agravante, segundo contam “a procuradoria militar não aparece, nem muito menos a direção de auditória e disciplina militar para pelo menos inspecionar”.

 

O coronel Santos Manuel Nobre entrou para Unidade de Segurança Pessoal por conta do seu tio general José João “Maua”, que é o comandante da USP. Antes exercia as funções de comandante da guarnição de especial do palácio presidencial (GEPP).

 

Segundo relatam  na sua exposição, “a tropa está angustiada. Só pedimos uma investigação profunda do comportamento do coronel Santos Nobre e que o ministro do Estado e Chefe da Casa Militar antes de assinar uma transferência para o exército saiba da verdadeira razão porque o que acontece aqui. É uma caça às bruxas. Os que foram contra a sua nomeação foram afastado dos cargos e enviados para um cargo menor”.

 

Os revoltosos, citam o exemplo do ex-director do gabinete do general “Maua”, neste caso o coronel Carlos que foi afastado do cargo porque estava contra a nomeação do coronel Santos Nobre como chefe do Estado Maior da USP”.

Negócios privados 

De acordo com pesquisas, o coronel Santos Nobre tem se dedicado também aos negócios privados por via de uma empresa de nome SANFRAN que é gerido por um sargento da USP, Ivo dos Passos. Detém também sobre seu controle uma escola de condução. Conta os soldados que o coronel Santos Nobre “recebeu dinheiro da tropa para lhes dar a carta de condução e não cumpriu, os mesmos não reclamam por medo que impera na mesma unidade, o chefe Santos faz acusações infundadas, sem provas, quando quer sujar alguém, usa o nome da repartição de segurança e informações para sustentar as suas acusações infundadas”.