Lisboa - Daniel Mulato Sawa, capitão da Unidade da Guarda Presidencial (UGP), e igualmente ajudante de Campo do tenente-general Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino” cometeu suicídio na tarde de ontem, 17, nas instalações da Escola Superior de Guerra, no município de Viana, onde o mesmo frequentava um curso que o promoveria a Major.

Fonte: Club-k.net

Andou a ser ouvido pela PGR

O capitão, segundo fontes do Club-K, teria no período do intervalo das aulas se deslocado para a sua viatura registrando-se os disparos. Deixou uma carta que encontra-se sob analise do Serviço de Investigação Criminal (SIC) cujo teor é até ao momento mantido em segredo.

 


As mesmas fontes descartam a hipótese do envolvimento de uma segunda pessoa no local do crime tendo em conta que a Escola Superior de Guerra é um local de difícil acesso para estranhos.

 


De acordo com fontes que acompanham o assunto, o malogrado capitão e igualmente fiel de “Dino”, estaria nos últimos tempos sob forte pressão, depois de nas últimas semanas ter sido ouvido na Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP), a volta de um processo que envolve o seu chefe, Leopoldino do Nascimento, que entretanto também esteve, por duas ocasiões, neste órgão anexo a PGR, a prestar declarações.

 


O Processo que envolve “Dino”, na qual o capitão esteve também a responder, concorre com uma diligencia da PGR que resgatou a semana passada USD 280 milhões que estavam sob alçada do China International Fund (CIF), empresa gestora dos trabalhos de construção do novo aeroporto de Luanda. Registrado em Hong Kong, o CIF tem como acionistas angolanos Manuel Domingos Vicente, e os generais Leopoldino do Nascimento e Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”. Este último é citado como tendo adoptado uma postura de cooperante para com as autoridades resultando em negociações que o colocam fora de processos criminais.