Lisboa - Cheya Sakaita Savimbi, o primogénito de Jonas Malheiro Savimbi, é o construtor que tem estado a acompanhar na aldeia de Lopitanga, a construção do Sepulcro para acolher os restos mortais do líder fundador da UNITA. De 46 anos de idade, Cheya é um engenheiro de construção civil formado em França mas que nos últimos meses mudou-se temporariamente para o município do Andulo para acompanhar às obras do sepulcro.

Fonte: Club-k.net

O sepulcro – em fase final de construção – está a ser erguido a poucos metro do cemitério onde foram enterrados os país de Jonas Savimbi, e reúne condições para visitas e outras personalidades que queiram no futuro render homenagem ao malogrado.

 

A construção do sepulcro está a ser custeada pela própria direção da UNITA, por via de recolha de contribuições dos seus militantes e amigo. Pela parte da Casa de Segurança do Presidente da República coube o apoio institucional e abertura para exumação das ossadas reclamadas pela UNITA nos últimos 17 anos.

 

O apoio de João Lourenço para o desfecho deste processo todo é visto como gesto da sua boa vontade e em retificar erros do seu antecessor que se recusava entregar os restos mortais de Jonas Savimbi, movido pelo receio de que o funeral deste pudesse atrair paixões ou outro tipo de veneração em torno do seu antigo adversário politico.

 

Savimbi, foi inicialmente enterrado como indigente (com farda enxugada de sangue e sem se ter lavado o cadáver) no cemitério municipal do Luena, a 24 de Fevereiro, numa cerimonia distanciada dos procedimentos tradicionais pretendido pela família. Durante algum tempo, a sua campa no Luena, foi alvo de veneração constante e também palco de atração de turistas (que saem das outras províncias).

 

Até a realização do processo de exumação, o cemitério do Luena encontrava-se em estado de conservação imprópria e corria a fama de que os coveiros cobravam certa taxa a quem desejar visitar a campa daquele que com junto com Agostinho Neto e Holden Roberto assinaram os acordos de Alvor para a proclamação da Independência Nacional de Angola.