Ao falar sobre a situação interna da FNLA, sábado último, no anfiteatro S. João, durante a reunião do conselho político nacional, por si convocada ao abrigo do estatuto e regulamento interno do partido, Ngola Kabangu referiu-se ao quadro do congresso de 2004, como tendo sido “esvaziado por quem o quer agora reanimar”.

O conselho político nacional da FNLA fez sair um comunicado em que informa que dos 321 membros que compõem o órgão foram convocados 318, em virtude de três membros terem falecido. O documento dá conta ainda que foram registadas 121 ausências, das quais 104 justificadas e 17 injustificadas.

A reunião teve pelo menos cinco momentos de realce: a leitura e aprovação do relatório geral das actividades do partido, apresentação do programa de Governo (súmula do projecto de sociedade), apresentação da comissão da campanha eleitoral, apresentação e aprovação da estratégia eleitoral, e a apresentação de uma informação sobre a preparação da conferência nacional, que deverá aprovar o programa de Governo e a estratégia eleitoral da FNLA para as eleições legislativas.

O conselho político nacional da FNLA recomendou a realização da conferência nacional do partido para os dias 27 e 28 do corrente, altura em que será feita a apresentação e aprovação da estratégia eleitoral, bem assim como o plano de Governo. Segundo o documento, a comissão da campanha eleitoral da FNLA é composta por 17 dirigentes do partido, e será coordenada por Nimi a Simbi, coadjuvado por Benjamim Manuel da Silva e Pedro Berry Makiesse.

No final dos trabalhos, refere o documento, foi lida uma moção de apoio à liderança de Ngola Kabangu, eleito no congresso extraordinário da FNLA, em Novembro de 2007. “A FNLA está firmemente determinada em participar no pleito eleitoral como expressão e vontade inalienáveis não só dos militantes, simpatizantes e amigos da FNLA, mas igualmente de todo o povo angolano que quer mudança já em 2008, com o Engenheiro Ngola Kabangu”, lê-se na referida moção de apoio.

O conselho político nacional da FNLA instou o Governo no sentido de acelerar e a concluir o processo de reforma dos ex-ELNA, assim como o Tribunal Supremo, mais concretamente ao Tribunal Constitucional, para que se pronuncie “no mais curto prazo e em tempo útil”, se pronuncie sobre a situação do partido, tendo em conta a aproximação das eleições.

Fonte: JA