Lubango - No sector público, o Ministério da Acção Social Família e Promoção da Mulher (MASFAMU) está a desenvolver a experiência piloto da Municipalização da Acção Social (MAS) que, por via do estabelecimento dos Centros de Acção Social Integrados (CASI) em 6 municípios de 3 províncias (Bié, Moxico, Uíge) incluem explicitamente a questão do albinismo durante o diagnóstico da vulnerabilidade no cadastramento no Sistema de Informação para a Gestão da Acção Social (SIGAS) que tem uma variável albinismo.

Fonte: Club-k.net

Nas respostas com acções de prevenção, por exemplo, palestras sobre albinismo nas escolas e actuando com os órgãos de comunicação social em parceria com organizações sociais de albinos. Nas respostas de acções de protecção, por exemplo, apoiar as pessoas com albinismo afectadas por doenças da pele ou com problemas de baixa visão para se tratarem nos estabelecimentos especializados de saúde. Nas acções de promoção, por exemplo, advocacia social para que o Governo subvencione os protectores solares para albinos, por serem muito caros. Ainda no sector, o Ministério da Saúde tem um Projecto de reforço de capacidades do sector de Dermatologia que está a ser desenvolvido em 5 províncias e, por força desta abordagem inclui o albinismo.


Ao mais Alto Nível, o Movimento Pró – Albino em Angola em 2018 foi recebido em audiência por Sua Excelência Vice-Presidente da República, Dr. Bornito de Sousa e apresentou um Memorando com propostas concretas e estruturais ao Executivo Angolano sobre a problemática do albinismo em Angola.


No Sector associativo ha grupos, associações e movimentos, tal como: o Grupo Voluntario de Apoio a Pessoas com Albinismo em Angola (Gvapaa) que faz trabalho concreto de assistência e prevenção. A Liga Angolana para a Defesa dos Albinos. A Fundação Joel Tchombissi do Namibe que trabalho com grupos de albinos na prevenção e no apoio psicossocial, assim como no relacionamento com instituições regionais e internacionais de albinismo. A Fundação Sassonde no Huambo e em Luanda na promoção da auto-organização de pessoas com albinismo. A ONG Brasileira “Compaixão Internacional” que está a desenvolver parceria com o Núcleo da Associação de Apoio de Albinos de Angola (4As) no Uíge no Projecto SOL PARA TODOS, tem um trabalho sobre albinismo com criança de escolas primárias no Bié. O Grupo de Contacto do Movimento Pró Albino em Angola que faz Advocacia Social de alto Nível, intermediação e reforço de Capacidades de organizações de pessoas com albinismo. A Associação Construindo Comunidades (ACC) apoia também especificamente pessoas com albinismo na região dos Gambos na Huíla.


No Sector Privado, a Rede de Lojas do Centro Óptica na saúde dos olhos em albinos, no âmbito da Responsabilidade Social Corporativa e ha um Acordo de Parceria com o Movimento Pró Albino em Angola e a 4As. Ainda no sector privado várias empresas privadas, artistas plásticos e músicos têm materialmente apoiado a causa dos albinos, assim como artistas plásticos e músicos.


No Sector acadêmico, entre outros, destacam-se, o Dr. Pascoal Ovídio Alberto, especialista em Dermatologia faz pesquisas sobre albinismo. Ha várias academias que realizam pesquisas no área de conhecimento da Psicologia, Sociologia, Medicina, Biologia, Assistência Social e outras e, neste sentido, destacam-se: a Universidade Católica de Angola; a Faculdade de Ciências Sociais e Letras da Universidade Agostinho Neto; o Instituto Superior São João Paulo II da Universidade Católica de Angola que forma Assistentes Sociais; a Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto; o Colégio Angolano de Dermatologia e Doenças Venéreas (CADV) da Ordem dos Médicos de Angola; o Instituto Superior de Ciências de Educação (ISCED) Lubango.


No plano de debate a Universidade Metodista de Angola em 2014, o Colégio Angolano de Dermatologia da Ordem dos Médico em 2016 organizaram conferências que incluíram o tema sobre albinismo.

 

Há doadores e financiadores estão engajados nesta abordagem, mas ainda numa escala muito pequena, por exemplo, o Projecto APROSOC Apoio a Protecção Social do Governo de Angola através do MASFAMU no âmbito da Municipalização da Acção Social e é financiado pela União Europeia.


A OSISA – Open Iniciative Society For Southern África está aberta em apoiar projectos de organizações de pessoas com albinismo.

 

Apesar deste engajamento e movimento de pessoas, grupos, associações e instituições públicas, privadas e da sociedade civil ainda se está muito longe para fazer face aos problemas enfentados pelas pessoas com albinismo.

 

É nesta senda que está em preparação a realização no DIA 13 DE JUNHO DESTE ANO, O DIA DE CONSCIENCIALIZAÇÃO SOBRE O ALBINISMO a 1a Conferência Nacional Pró Albino a ter Lugar no Auditório CEFOJOR em Luanda.