Lisboa - Em Março do corrente ano, a directora do Instituto Nacional de Luta Contra a Sida, Maria Lúcia Furtado concedeu uma entrevista a TPA anunciando o surgimento no país de novos anti retrovirais, a partir de Junho. Na entrevista, a responsável do ministério da saúde acrescentava que a OMS iria fazer recomendações e que os novos medicamentos custariam, para este ano, aos cofres do Estado, cerca de 2 milhões de dólares.

Fonte: Club-k.net

Depois de um mês em que falou a TPA, a mesma directora Maria Lúcia Furtado deu uma entrevista ao Jornal de Angola, datada de 23 de Abril, em que desmentia tudo o que disse a TV estatal.


Questionada se os anti- retrovirais usados em Angola eram menos eficazes e que deveriam ser trocados em Junho, a directora respondeu da seguinte forma. “Ainda bem que toca neste assunto. Circulou, recentemente , na imprensa uma noticia que dizia que Angola vai introduzir novos anti – retrovirais em Junho. Essa informação não correspondente a verdade . Angola não vai introduzir novos fármacos em Junho, embora se admita a possibilidade de um dia isso vier a acontecer, tendo em conta que o Sida é uma doença crónica”


Maria Lúcia Furtado entende que ouve um mal entendido dos órgãos de comunicação social, que no seu ponto de vista "Estará, eventualmente, relacionado com uma informação sobre uma recomendação que a OMS vai fazer em Junho aos países, para aumentarem a cobertura de planeamento familiar nos seus sistemas de saúde, como um dos requisitos para a introdução de um novo anti-retroviral."

 

"Angola ainda está a analisar se vale a pena usar, pois apresenta muitos efeitos colaterais em mulheres em idade fértil.Os países que têm uma taxa de fecundidade muito alta, como é o nosso caso, devem ainda ponderar. Estamos entre os dez países do mundo com as maiores taxas de fecundidade.", disse.