Luanda - O Banco Nacional de Angola (BNA) retirou licenças a sete casas de câmbio que operam no país, por inactividade, até um período de seis meses.

Fonte: Angop
Trata-se da “Dias & Poeira", "Expresso", "Global", "Kétsia", "Nevisa", "Ponto Câmbio" e da "Rede Crédito", de acordo com um comunicado do Banco Central, publicado nesta quarta-feira, 10, na sua página na internet.

O acto de revogação das licenças indica que, no prazo máximo de 30 dias, a contar da data da publicação do presente comunicado, devem as instituições públicas e privadas, com direitos de crédito sobre as instituições financeiras acima descritas, participar junto do Departamento de Regulação e Organização do Sistema Financeiro do BNA.

Estas são as primeiras casas de câmbio que perderam, este ano, as suas licenças de operatividade. O BNA é o organismo de regulação e supervisão e garante da estabilidade do sistema financeiro do país.

BDA disponibiliza mil milhões de dólares ao sector privado

Mil milhões de dólares norte-americanos é o valor que o Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) vai disponibilizar para crédito ao sector privado, anunciou o ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior.

De acordo com o ministro, que falava na abertura da Conferência Internacional sobre “Financiamento do Desenvolvimento Económico”, na FILDA, o valor faz parte do Programa de Apoio às Parcerias Privadas, que visa dar maior dinamismo ao motor de crescimento económico do país – sector privado, tendo em conta o Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (Prodesi).

Com uma linha de crédito de financiamento às parcerias público privadas, acrescentou Manuel Nunes Júnior, facilmente poderá se expandir a produção nacional. Referiu também que a produção nacional passa pela estabilização e existência de energia e água potável, com vista a diminuir os gastos nesse domínio.

Realçou, de igual modo, a importância do acesso ao crédito, como pressuposto para o investimento privado, por ser sempre uma mais valia.

Na sua óptica, a realização da Feira constituí o enquadramento de base para que surjam novas actividades económicas em torno de cadeias produtivas diversificadas, sendo protagonizadas por iniciativa dos agentes económicos públicos e privados.

“A FILDA é um certame de grande projecção internacional, que tem sido, ao longo de mais de 35 anos, das maiores portas de entrada de investimento estrangeiro directo, bem como uma das principais alavancas de promoção do país e da produção nacional”, reconheceu o responsável.

A Conferência Internacional sobre Financiamento do Desenvolvimento Económico, aberta hoje, foi prestigiada pela presença da Primeira Dama da República de Angola, Ana Dias Lourenço, representantes da classe empresarial nacional e estrangeira. A FILDA 2019 abriu nesta terça-feira e conta com pelo menos 785 expositores, representando mais do que o dobro dos 372 da exposição de 2018.