Lobito - Além dos elevados custos dos alojamentos nas unidades hoteleiras, a baixa qualidade dos serviços prestados aos hóspedes tem contribuído para o afastado do turismo em Angola.

Fonte: Facebook

Vivi isso na pele na minha recente deslocação à Califórnia de Benguela, assim como ao seu principal «Departamento» do Lobito (kkkkk). Paguei por uma diária a quantia de 20 mil Kz no Hotel Restinga, por um quarto single, que não dispunha de AC, TV (aparelhos avariados) nem sinal de internet. Só no rés-do-chão era possível captar o sinal da net.


Como se isso não bastasse até as toalhas de banho «conspiraram» contra mim, a ponto de deixarem o couro cabelo e o rosto com vestígios de tecido branco. Não fui o único a queixar-se das toalhas de banho e do péssimo serviço.


À entrada dessa unidade hoteleira, uma placa dizia que a mesma é pertença da Caixa Social das FAA, um dado que, por si só, pode ajudar-nos a ter uma percepção de como o património do Estado tem sido «avacalhado» naquelas paragens...


Em Benguela estive alojado no Praia Morena, um Hotel de três estrelas, mas que reunia melhores condições em relação ao da «Restinga». Apenas nota negativa para o equipamento do ginásio com evidentes sinais de cansaço a requer a sua imediata substituição. Curiosamente, paguei pela diária 16 mil KZ, por um quarto singular.


Consta que a referida unidade hotelaria é pertença do antigo governador de Benguela, Dumilde Rangel, que recentemente faleceu em Portugal. A diferença na qualidade de serviços estará no facto de uma unidade ser do Estado e outra da esfera privada?


Estas realidades desmentem os pronunciamentos do presidente da AHRA (Associação dos Hotéis e Ressorts de Angola), Ramiro Barreira que disse recentemente que a média dos preços dos alojamentos em Angola estava fixada em 14 mil Kz. É com estes preços e baixa qualidade de serviços que eles querem «desviar» os turistas da Namíbia, RSA, Zâmbia, Botswana para Angola?