Exmo
Senhor Comandante Provincial da
Policía Nacional de Luanda.
Luanda.

C:c.
Comandante Geral da Polícia
Nacional.
Assunto: Reclamação.

Paulo Manuel Cordeiro, solteiro, de 50 anos de idade, militar, filho Paulo Chivanja e de Isabel Sanguela, natural do Namibe, residente nesta cidade de Luanda, Município da Quissama, Comuna do Cabo Ledo, Bairro do Catambor, casa s/n, utente do terminal telefónico nº938159859.


Vem pelo presente meio expor o seguinte:


No dia 21 de Setembro de 2019, quando eram 13H25, houve uma contenta entre os menores Cordeiro da Silva Miguel e Alberto Naminica Caluweio, que foi apartada.

Cerca das 15H00, a mãe do menor Alberto Caleweio, apenas identificada por Bia, dirigiu-se para a cantina aonde o Menor Cordeiro Miguel se encontrava e lá pediu a este última que a acompanhasse para que esclarecesse em que circunstâncias ocorreu a luta com o seu filho.

Na Cantina em referência encontravam-se os senhores Domingos Quinta Paulo e Mário Mesquita Saculuessa.


Sequêncialmente, rumaram então o menor e a Senhora Bia, para a a casa dos pais do petiz.
Chegados a casa dos pais do petiz a senhora Bia começou a agredir o petiz com croques na cabeça o que fez com que o mesmo se insurgisse contra ela.


De realçar que em casa encontravam-se apenas os menores António Miguel da Silva Paulo de 11 anos de idade que presenciou a agressão.


Mas ao longe encontravam-se os Senhores Assana Pedro Armindo, Leonardo Dumba e Laura Jorge, que igualmente viram a Senhora Bia a agredir o menor.


Dado que a senhora Bia é maior de idade e tem uma constituição fisica maior do que a do menor, conseguiu arrasta-lo para a sua casa, aonde se encontrava o seu filho Alberto Caluweio.
A Senhora Bia pediu ao seu filho que fosse buscar uma faca e com a mesma este menor golpou o menor Cordeiro Miguel nas costas.


Tentando reagir ao golpe contra si desferido, o menor tentou por-se em pé, mas foi agredido pela Senhora Bia, com dois blocos na cabeça e depois desferiu contra o mesmo um golpe com um ferro.


Face a situação acima descrita, interveio uma cidadã apenas identificada por Luzia, que pediu que a Senhora Bia levasse o menor ao Hospital, mas que esta negou-se em faze-lo, e disse que o menor podia morrer que ela tinhja dinheiro para assumir.


Face a gravidade dos ferimentos que o menor apresentava, o Senhor Mário Mesquita Saculuessa, decidiu levar-lhe para o hospital de campanha existente no Bairro.


Infelizmente antes mesmo de chegarem ao hospital o menor perdeu a vida.


A noticia da agressão chegou até aos agentes da policía Nacional, mais propriamente os Inspector Artur Texeira Mango e sub Inspector Acácio que imediatamente detiveram a Senhora Bia na tenda e posteriormente reencaminharam-na para a esquadra.


Quando eram 20h00, os oficiais do serviço de investigação criminal, fizeram-se presente no hospital para levarem consigo o corpo do malogrado.


Para espanto do participante, da sua familia e da comunidade, na mesma noite a senhora Bia, foi solta pela policía sem que diligências fossem feitas para apurar o grau de intervenção da Senhora Bia e a consequente responsabilização.


Durante o óbito o Comandante da Polícia Nacional da comuna João Umba, abordou o participante e estranhamente retirou os haveres da participada e levou-os para parte incerta.


Ciente de que a nobre missão da Policia Nacional, solicita esclarecimentos do modo de agir dos agentes de autoridade acima referênciados.


Junta documentos das testemunhas, boletim de óbito .


Luanda, aos 30 de Setembro de 2019.
O Participante