Lisboa - Nelson Manuel Cosme nomeado desde Julho passado como novo Embaixador de Angola no Egypto, recusou ficar na residência oficial da embaixada deixada pelo seu antecessor, António da Costa Fernandes alegando inexistência de condições dignas, para a sua instalação.

Fonte: Club-k.net

Antes de partir para aquele país com a família, o novo embaixador solicitou que lhe reservassem um hotel de 5 estrelas. O protocolo da Embaixada angolana reservou-lhe um quarto no Hotel “Holiday IN”. Porém, ao chegar a cidade do Cairo, o diplomata pediu para ser transferido para o luxuoso Hotel Sheraton onde se encontra hospedado com toda a sua família.

 

A situação gerada por Nelson Cosme tem estado a gerar indignação em meios diplomáticos angolanos por se considerar que o país vive numa fase financeira menos boas que requerem contenção de gastos. A referencia em causa, segundo apurou o Club-K, encontra em boas condições e fora antes alvo de reparação.

 

Já em 2017, o actual Cônsul de Angola em Lisboa, Narciso Espirito Santos Júnior teria também se recusado morar na residência deixada pela sua antecessora, Cecilia Baptista alegando que aquela teria deixado mixórdias. Desde aquela data até o presente mês, o chefe da missão consular angolana esteve na viver num apartamento de luxo no residencial Jardim de São Lourenço, na capital portuguesa cujo proprietário é Aldemiro Justino de Aguiar Vaz da Conceição, ex-diretor dos quadros da Presidência da República.

 

A estadia do diplomata neste residencial, durante estes dois anos, tem gerado fortes desconfianças uma vez que as rendas mensais eram de 3995 Euros por mês, o que quer dizer que aquela missão consular gastou em dois anos cerca de 95 mil euros de rendas para o cônsul.

 

O Consulado de Angola em Lisboa tem sido frequentemente citado em cartas enviadas a Luanda como estando em praticas de gastos desnecessários. Há poucos dias, o Consul angolano contactou uma empresa de construção, em Lisboa, para partir o chão do seu gabinete gerando desconfianças de ocorrência de estratagemas para sobrefaturação.