Huambo - O político Adalberto da Costa Júnior, um dos candidatos à presidência da UNITA, prometeu hoje, segunda-feira, na província do Huambo, usar a sua popularidade, caso vença as eleições internas, para catapultar o partido à conquista do poder.

Fonte: Angop

"O alvo será levar a UNITA ao poder"

Falando aos militantes na apresentação do seu programa, admitiu estar a viver uma extraordinária popularidade no país que, bem aproveitada, pode ser usada pelo próprio partido para se tornar numa força política mais apetecível para os eleitores angolanos, já a partir de 2022.

 

Justificou a sua candidatura com a necessidade de ajustar a UNITA às transformações que vêm se operando na sociedade angolana, tornando-a mais capaz de trazer soluções pragmáticas aos reais problemas do país.

 

Para o então presidente da bancada parlamentar do maior partido da oposição em Angola, com ele na presidência a formação do “Galo Negro” vai se assumir como verdadeiro factor de mudança para o país.

 

Adalberto da Costa Júnior afirmou que a sua candidatura, a pedido e por encorajamento de figuras históricas da UNITA, contém propostas claras e realistas para os problemas do partido e do país.

 

Por esta razão, pediu o voto dos militantes da província do Huambo que estarão no 13º congresso ordinário, entre os dias 13 e 15 de Novembro, em Luanda, assumindo-se como o candidato que pode aumentar a pressão ao governo.

 

“Tenham confiança nesta candidatura. Depois da conquista do partido o alvo será levar a UNITA ao poder, pois não podemos continuar na oposição”, sublinhou.

 

Quanto à sua cidadania portuguesa, que coloca em risco a candidatura, Adalberto da Costa Júnior disse tratar-se de uma situação prontamente ultrapassada, confirmando ter condições estatutárias completas para aspirar a liderança do partido.

 

O político, que hoje mesmo se deslocou à província do Bié, depois de ter estado no Cuando Cubango no fim-de-semana, informou já ter feito prova da renúncia da sua cidadania portuguesa e admitiu haver, dentro e fora do partido, uma certa conspiração contra a sua candidatura.

 

A presidência da UNITA, ocupada por Isaías Samakuva, desde 2003, é disputada por Abílio Kamalata Numa, Adalberto da Costa Júnior, Alcides Sakala Simões e Estêvão Pedro Kachiungo.

 

Por decidir está a candidatura de Raúl Danda, por não reunir alguns dos requisitos exigidos pela comissão eleitoral.