Luanda – O enigma surgiu no julgamento do general António José Maria como arguido do processo crime do Tribunal Supremo Militar acusado do crime de extravio e posse de documento classificado das Forças Armadas Angolanas do Estado angolano, como ficou provado em tribunal em que em suas residências e uma fundação faziam um acto misericordioso de guardar documentos tão importantes da historia do país e da África em geral.

Fonte: Club-k.net

Continua a fazer eco na sociedade angolana e até mesmo nos países da região que acompanham com muita atenção o julgamento do general que segundo a sua afirmação a ele pertence a descoberta do triangulo do tumpo, não provou em tribunal a forma e por que acto atingiu este ponto do tumpo.

 

As forças sul africanas no terreno e das FALAs negam em nunca ter ouvido falar do então coronel Zé Maria ter estado na batalha do Cuito Cuanavale nem por informação de interceção nem por reconhecimento ou de outras fontes. Consideram-no como um general ardiloso, aldrabão que quer assumir protagonismo que não lhe pertence em tempo de paz, e é um oportunista desavergonhado e aguardam com muita atenção o desfecho do processo que o implicam.

 

Conforme leitura feita em tribunal pelo Juiz Presidente António dos Santos “Patónio”, “ficou provado que o réu, uma vez adquirido os documentos e outros meios sobre a batalha detinha o poder absoluto de boa parte dos mesmos e ate os seus principais colaboradores só tinha acesso mediante a autorização do mesmo que os entregava pontualmente para serem trabalhados ou ainda através da testemunha Manuel Antônio Nicolau, tenente e oficial as ordens do réu que também tinha acesso ao local onde se encontravam os documentos mas sempre com a autorização do chefe dos serviços”

 

O Juiz do Supremo explicou que o que está em causa, é o facto de os documentos serem de carácter militar, não se pondo a questão de serem ou não classificados. “Basta a sua natureza militar”, sublinhou.

 

A dificuldade esta em perceber um general sem caserna, sem quartel, sem academia, sem pelotão, sem companhia, e tão pouco batalhão como assume a descoberta do triangulo do tumpo que estrategicamente pertence ao município do Cuito Cuanavale. A este facto e o caracter da sua afirmação continua a ser confuso, o egocentrismo doentio do referido general. O mesmo esta num nível patológico muito alto.

 

A disputa pelo Cuito Cuanavale pelas forças beligerantes da altura e isto confirmado pelos verdadeiros comandantes das forças no terreno se de um lado visou organização das forças logísticas, projeção, para a tomada da Jamba, a base central da UNITA , cortar as linhas de abastecimento das frentes centro, sul, e sudoeste e consequentemente por outro lado o ataque as forças baseadas no Cuito Cuanavale visou travar este avanço das forças coligadas, cubanas e FAPLA, para efeito discutir unicamente o triangulo do tumpo para um general não deixa de ser um erro estratégico. É ter uma visão redutora do fenómeno e da decisão estratégica de altura.

 

A miude baseando-se nas suas últimas declarações e secundada por algumas vozes desatentas da sociedade que levantam a teoria de vingança e incluindo mesmo o conhecido deputado Makuta Nkondo, é bom saber que o mesmo tribunal que julga hoje o general Zé Maria e por sinal o mesmo juiz, há doze anos atrás, um crime de golpe de Estado que só passou na cabeça do Brigadeiro Veríssimo, “Kopelipa”, Zé Maria e “Nandó” que forjaram um golpe que nunca existiu para os angolanos e no seio deste grupo desmiolado. Não se ouviu acusações contra ninguém deste grupo, nem houve provas em tribunal. O golpe no fim foi redefinido como falta a formatura. Isto é que a sociedade deve perceber e compreender os construtores da falsidade e da vingança. Vale lembrar que foi depois do golpe forjado pelo grupo citado que deu lugar em Angola, ao enriquecimento das famílias, ao saque a Sonangol e o descalabro no país.

 

O General Zé Maria deve estar apenas compreendido por ao longo do seu tempo em exercício de funções e que alega ter sido sempre chefe, não construiu amizades com os seus subordinados que também nunca os teve porque sempre trabalhou sozinho, acopulou alguns mas tudo graças ao seu engenho, a sua inteligência e defensor canino de JES que na última da hora o abandonaram no triangulo do tumpo. Se o objetivo foi sempre de elevar ao patamar alto a imagem de JES, numa altura que deixou o poder e volta para membro da sociedade civil, cidadão normal afinal montou-se um plano secreto para o ofuscar, diminuir, colocar no lugar abaixo de presidente eleito democraticamente e de todos os angolanos e combate a corrupção com ideias claras de apenas servir o angolano e as angolanas como este general demostrou durante as suas afirmações em tribunal.