Luanda - A inquestionável capacidade operacional e estratégica do então Exército de Libertação Nacional – ELNA, sob a sábia orientação político- diplomática do seu Comandante –em –Chefe e Presidente Fundador da Frente Nacional de Libertação de Angola – FNLA, Irmão Álvaro Holden Roberto, saldou-se na retumbante vitória militar, em 1974, cujo desfecho se articulou em dois eixos: o negocial, que começou pela Cimeira de Mombaça, no Kénya, tendo terminado pelo Acordo de Alvor, e o do Direito Internacional Humanitário, que envolveu a Cruz Vermelha Internacional e o Corpo Diplomático acreditado na ex-República do Zaire, hoje RDC, com a libertação de todos os prisioneiros de guerra portugueses, capturados durante a heróica e gloriosa Luta de Libertação Nacional.


Fonte: FNLA


A FNLA, que sempre se esforçou em adoptar uma postura de estado, nunca menosprezou a contribuição dos outros Movimentos na luta de Libertação Nacional, o MPLA e a UNITA, mas sempre deixou claro que o grosso da tarefa foi executado pelas suas forças. Isso, não devia dar lugar à construção de monumentos e obeliscos que simbolizem o ódio visceral e o desprezo por aqueles que consentiram maior esforço na execução da tarefa comum, a ponto de “esquecê-los”. 

 

Importa salientar que foram os esforços de todos os patriotas que decidiram a independência do nosso País, por isso, a Comunicação Social Estatal, não devia desvirtuar a verdade, com o fito de obscurecer a visão e o entendimento juvenis. Esses órgãos de Comunicação Social, em nome da Reconciliação Nacional, poderiam poupar o soberano Povo Angolano de tão tristes e inaceitáveis relatos históricos.

 

O nosso País saiu, há sete anos, de uma sombria e tenebrosa noite de horrores, de mortes e de destruições. É tempo, pois, de sararmos as feridas, virando a página sangrenta do passado e apostando num futuro melhor para todos os Angolanos.

 

Neste trigésimo quarto aniversário da celebração da Independência Nacional, cada Angolano devia questionar a sua actuação na sociedade se ela vai em direcção à Reconciliação Nacional. É aí onde reside a chave da paz social e política.


Procedendo contrariamente, há o risco de, amanhã, os nossos netos decorarem os nossos nomes, na escola, com o rótulo de homens e mulheres que não cumpriram a sua missão patriótica.


Luanda, 11 de Novembro de 2009.


A COMISSÃO POLÍTICA PERMANENTE