Lisboa - A empresária angolana diz ser estar a ser vítima de perseguição e não descarta a possibilidade de candidatar-se às eleições presidenciais que se realizam em 2022.

Fonte: ECO

Isabel dos Santos poderá vir a candidatar-se às próximas presidenciais em Angola. Foi a própria empresária angolana que admitiu essa possibilidade, em entrevista à RTP 3.

 

Na “Grande Entrevista” que será transmitida na íntegra a partir das 23:45 da noite desta quarta-feira, Isabel dos Santos disse estar a ser vítima de perseguição, admitindo candidatar-se às próximas eleições presidenciais de Angola que se realizam daqui a dois anos, em 2022.

 

“Farei tudo o que for preciso para ajudar Angola“, disse Isabel dos Santos, confrontada com a questão se admitia concorrer à presidência de Angola.

 

Estas declarações surgem numa altura em que a filha do ex-presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, tem estado debaixo dos holofotes por causa da decisão do Tribunal de Luanda de arrestar os seus bens e as contas bancárias.

 

O arresto de participações e contas bancárias por parte do Tribunal Provincial de Luanda no final do ano passado tem por base uma acusação do Estado angolano, que reclama o pagamento de empréstimos feitos quando Isabel dos Santos era presidente da Sonangol e o pai era presidente do país. E alega que a empresária está a tirar negócios do país, uma acusação que esta já negou.

 

Numa entrevista ao Jornal de Negócios no início deste ano, Isabel dos Santos classificou a decisão da justiça angolana como um acerto de contas contra a sua família e que esconderia uma motivação política por detrás, visando “mascarar” o que diz ser o “fracasso” da política económica de João Lourenço, atual presidente de Angola, num momento de crise económica no país.

 

Já no início desta semana, em entrevista à Reuters, a empresária voltou a recusar as acusações de corrupção de que está a ser alvo e disse que o Governo de Angola está a usá-la como “bode expiatório” numa “caça às bruxas” levada a cabo pelos líderes angolanos para enfraquecer a influência e poder do seu pai.