Lisboa – O ministro angolano no interior Eugénio César Laborinho chumbou na passada sexta-feira (17) uma proposta que lhe chegou ao gabinete pelas mãos do comandante geral da Polícia nacional, Paulo Gaspar de Almeida solicitando a despromoção do seu antecessor Alfredo Eduardo Manuel Mingas “Panda” para o grau policial de comissário-chefe.

Fonte: Club-k.net

Na resposta dada, o ministro transmitiu, que a proposta de despromoção de um comissário-geral não é da competência do comandante geral da Polícia Nacional tendo o documento (elaborado por Paulo de Almeida) ficado sem efeito.

 

De lembrar que Alfredo Eduardo Manuel Mingas “Panda” tem a patente de comissário-geral, a mais alta da hierarquia da corporação, por conta do cargo anterior de comandante-geral da Polícia Nacional que ocupou entre Novembro de 2017 a Julho de 2018. No ano de 2019 esteve a frequentar o curso de estratégia e arte operativa na Escola Superior de Guerra, em Luanda, onde os alunos são obrigados a apresentarem-se fardados e com as respetivas patentes.

 

Irritado por ver o fardado, o comandante geral Paulo de Almeida, fez uma reclamação junto ao ministro do interior – por via de uma comunicação escrita – alertando que “o posto policial Comissário Geral é reservado ao Comandante – Geral da Policia Nacional, em exercício de funções” e por conseguinte propôs a despromoção do seu antecessor.

Retaliação

A informação sobre a solicitação de Paulo de Almeida foi avançada pelo Club-K na passada quarta-feira (15). Em reação, Paulo de Almeida suspendeu vários funcionários dos recursos humanos, com realces aqueles oriundos da Polícia de Intervenção Rápida (PIR) acusando-os de vazamento de informação. Paulo de Almeida justificou a sua medida com base na confiança que tem de que o documento da proposta de despromoção de “Panda” foi vazando pelos funcionários dos recursos humanos do comando geral da Polícia Nacional.

 

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