Lisboa – O Secretário do BP do MPLA para os Assuntos Políticos e Eleitorais, Mário Pinto de Andrade negou esta quinta-feira (13) estar por detrás de eventuais lobbis do Tribunal Supremo que arquitetaram a designação de Manuel Pereira da Silva “Manico” para Presidente da Comissão Nacional Eleitoral.

Fonte: Club-k.net

O responsável politico que participava numa palestra promovida pelo Jornal digital “Correio da Kianda” sobre “corrupção e eleições” foi desafiado por um dos participantes a reagir informações que atribuíam um grau de compadrio com Manuel Pereira da Silva “Manico”. Pinto de Andrade negou qualquer relação com o designado Presidente da CNE, e que também não o conhece. Aproveitou a ocasião para anunciar que irá intentar uma ação em tribunal por calunia e difamação contra quem


Manuel Pereira da Silva “Manico”, foi escolhido com base de um polémico concurso público realizado no inicio do ano passado, em que foram levantadas acusações de irregularidades tal como a feitura de um regulamento propositadamente para o fazer eleger.


Foi o candidato de eleição do então Presidente do Tribunal Supremo, Rui Ferreira, porém, após renunciar o cargo, o seu sucessor Joel Leonardo deu sequencia da agenda de promoção do seu antecessor.


UNITA apresenta razões da Contestação Contra presidente aa CNE

O Grupo Parlamentar da UNITA promoveu esta quarta-feira, 12 de Fevereiro de 2020, uma conferência de imprensa, na sua sede em Luanda, para apresentar à Comunicação Social e à sociedade a sua posição quanto a investidura do Novo Presidente da CNE, Manuel Pereira da Silva “Manico”, marcada para 19 deste mês na Assembleia Nacional, tendo instado que a Assembleia Nacional suspenda o processo de investidura do Presidente da CNE.

Na sua comunicação o Presidente do Grupo Parlamentar da UNITA, Liberty Chiyaka disse que, “Na definição dos critérios para avaliar o perfil dos candidatos o CSMJ (Conselho Superior da Magistratura Judicial) não inclui nem valorou a idoneidade moral e cívica dos candidatos nem a sua probidade como critérios objectivos”.

 

“As regras de avaliação dos candidatos foram alteradas, viciadas e corrompidas, a meio do processo, e não foram integralmente observadas por quem as instituiu”, disse Chiyaka.

“Por esta razão, houve reclamações, protestos e recursos legítimos”.

Segundo o responsável parlamentar, “Conforme documentação submetida ao CSMJ, o candidato Manuel Pereira da Silva não poderia ter sido admitido ao concurso pois tomou posse como Comissário Eleitoral à data de 07 de Outubro do ano de 2005, e ate a data presente tem exercido ininterruptamente funções na Comissão Provincial Eleitoral de Luanda”, realçando que, “Manuel Pereira da Silva completou 14 anos de mandato como Presidente da CPE (Comissão Provincial Eleitoral) de Luanda e já deveria ter deixado a CNE, há quase cinco anos”.

Para o Presidente do Grupo Parlamentar do maior partido na oposição angolana, “Desta forma, a UNITA requer que seja determinada a suspensão da eficácia da decisão tomada pelo CSMJ, que selecciona o candidato Manuel Pereira da Silva “Manico” para ocupar o cargo de Presidente da CNE, não permitindo, assim, em consequência, que o mesmo tome posse junto da Assembleia Nacional assegurando, na máxima medida possível, e por esta via, o estrito cumprimento do regulamento do concurso e da legalidade, as legítimas expectativas de todos os candidatos e da população em geral, a paz e tranquilidade sociais e a ordem jurídico-constituída na República de Angola”.

Por este facto, Liberty Chiyaka, disse, “A UNITA apela, por isso, as Instituições do Estado para atenderem com maior responsabilidade as expectativas dos angolanos no que a lisura e transparência dos processos eleitorais diz respeito”.