Cuando Cubango – O director geral do Pólo de Desenvolvimento da Bacia do Okavango, João Baptista Gime Sebastião, é denunciado – numa carta dirigida a Inspecção Geral de Administração do Estado em Janeiro do corrente – como tendo colocado a sua empresa denominada “Gime & Filhos Lda”, com o Nif: 5151006371, a prestar serviço de consultoria a este órgão do Ministério do Turismo, sem qualquer pudor, em violação a Lei da Probabidade Pública.

Fonte: Club-k.net
Segundo o documento enviado ao IGAE a que o Club K teve acesso, a empresa “Gime e Filhos Lda” que foi adiccionada, no ano transacto, por João Baptista Gime Sebastião, é vocacionada a comercialização de peças de automóveis.

De acordo com o documento, até ao momento está empresa – que não tem estrutura física para prestação do referido serviço em Menongue – já se benefício (na sua conta BPC cujo número do IBAN é: AO06.0010.0521.0015.3286.0110.6) cerca de kzs 2.284.750,00 dos cofres do Estado.

Outrossim, o director geral do Gabinete de Gestão do Pólo de Desenvolvimento Turístico da Bacia do Okavango, talvez se apercebendo das suas decisão ilícita, voltou atrapalhadamente a colocar os pés pelas mãos, contratando a empresa “Soria Dias & Filhos Lda.”, cujo NIF: 5000003565, que curiosamente pertence ao seu director do gabinete de nome Elias Dias Paulo.

A contratação dessa empresa de limpeza – talvez que substituição a primeira [Gime e Filhos Lda] – ocorreu igualmente em 2019 e o Gabinete de Gestão do Pólo de Desenvolvimento Turistico da Bacia do Okavango pagou, nesse mesmo ano, cerca de 7.320.969,14 kwanzas, a “Soria Dias e Filhos Lda.” através do Banco Económico (IBAN: AO06.0045.0903.0002.5581.8116.9), sob ordens de saques números 165, 167, 195, 201, 217, 237, 252, 254, 258 e 270.

“O director Gime mentiu, alegando que os pagamentos foram efectuados devido as prestações de serviços e consultorias que a empresa Soria Dias e Filhos Lda prestou a nossa instituição. Infelizmente nunca beneficiamos desses serviços”, revelou um dos denunciantes.

A fonte do Club K contou que em Dezembro do ano transacto, o Ministério do Turismo terá enviado apenas um inspector para averiguar as contas do Gabinete de Gestão do Pólo de Desenvolvimento Turístico da Bacia do Okavango. Os denunciantes suspeitam que a titular da pasta terá recebido falsas informações do seu emissário, uma vez que a realidade no terreno é outro.

Este portal sabe que os avanços em infra-estruturas básicas e operacionais no Pólo de Desenvolvimento Turístico de Okavango, criado em 2011, por Decreto Presidencial, no Cuanda Cubango, está condicionados a financiamento. O empreendimento ficou afectada pela crise económica e financeira que o país vive.

O então director do Pólo de Desenvolvimento Turístico de Okavango, Francisco Moisés Nele, disse existir estudos acabados sobre os acessos ao seu interior, às redes de saneamento, abastecimento de água potável e electrificação, carecendo agora de investimentos.

“As infra-estruturas básicas deviam ser feitas pelo Estado, mas, por força da crise, ficou sem recurso, deixando esta tarefa para os potenciais investidores. Isto é, do local onde vão empreender, mediante acordo de compensação com o Estado, que incida sobre impostos e rendas”, pois, quando os estudos forem traduzidos em prática, os investidores vão sentir-se confortados para investir nesse pólo que se situa na confluência entre os rios Cuito e Zambeze. disse.

O Pólo de Desenvolvimento da “Bacia de Okavangho-Zambeze” está situado na província do Cuando Cubango e tem uma área total de 11 mil 972 hectares.