Lisboa – Ana Isabel Dias Lourenço, a filha caçula do casal presidencial angolano, foi cadastrada pela direção nacional da saúde pública como uma das passageiras recém chegada a Angola proveniente de uma zona de risco (infectada pelo corona vírus) na Europa, ficando assim qualificada para estar em “quarentena domiciliar” .

Fonte: Club-k.net

Ministro do Interior  rejeita  que  sua filha vai para o Calumbo 

Ana Isabel, tratada em casa por “Baby”, frequenta os estudos universitários na Inglaterra e por conta do encerramento das aulas neste país, para prevenir a propagação da doença Covid-19, a universitária angolana chegou a Luanda na passada sexta-feira (20), pelo voo numero AF 0928, da companhia Air France, proveniente de Londres tendo feito escala em paris.


Conforme estabelecido pelas autoridades angolanas, os passageiros provenientes das cidades portuguesas de Lisboa e Porto, permanecerão em “quarentena institucional” por 14 dias, enquanto que os vindos de outras capitais europeias e africanas ficaram em “quarentena domiciliar”, isto é nas suas respectivas residências.


A norma ditada acabou sendo violada quando no passado dia 18 de Março, um voo proveniente de Lisboa, trazia a passageira Shelsea Laborinho cujo progenitor, o ministro do interior Eugenio Cesar Laborinho desencorajou com que a mesma fosse levada para a “quarentena institucional” no centro de acolhimento de Calumbo, arredores de Luanda.


A ver que estava ocorrer um acto de violação as regras estabelecidas pelo governo, a ministra da saúde, Silvia Lutucuta manifestou-se indignada com a postura do seu colega tendo derminado que se assim fosse, já que a filha do seu colega ministro estava a ser privilegiada, então neste caso, a medida seria valida para todos os passageiros.


Para além de Shelsea Laborinho, faziam igualmente parte deste voo vindo de Lisboa, diplomatas estrangeiros e destacadas figuras nacionais tais como o antigo PGR, João Maria Moreira de Sousa; o chefe das telecomunicações do palácio presidencial, Tenente-general Filipe de Figueiredo e o político do partido PRA-JÁ, Abel Epalanga Chivukuvku.


Em reação as reclamações de que as entidades VIP estariam a ser privilegiadas, Abel Epalanga Chivukuvku fez sair uma nota de esclarecimento que o Club-K explicando que “Tendo já desembarcado do avião foi convidado a entrar num autocarro. No autocarro estavam cerca de uma dezena e meia de passageiros, maioritariamente, Entidades Públicas que foram levadas para área protocolar do aeroporto, onde após o preenchimento de formulários e controlo sanitário de temperatura de todos foram encaminhados para uma sala onde ficaram de quarentena provisória.”


“De acordo com a informação prestada pelos funcionários aeroportuários, as Entidades em causa deviam manter-se nesta sala em tempo determinado até que terminasse a reunião da Comissão Técnica do Governo que estava a deliberar sobre o assunto do desembarque de todos os passageiros”, lê-se na nota do politico.


Segundo Chivukuvuku, “Depois disso todas as entidades foram solicitadas a assinar um termo de responsabilidade, com o compromisso de respeitarem a quarentena domiciliar, o que foi feito. Todas as entidades mantiveram-se serenas por mais de 4 horas até a chegada do Secretario de Estado para Saúde Pública que solicitou um diálogo com todo grupo”.


“O Secretario de Estado apenas transmitiu duas mensagens: 1. Pedido de desculpas do Governo pelos desarranjos causados por essa situação extraordinária; 2. Não tendo o governo condições técnicas. organizacionais e financeiras para proceder a quarentena formal de todos os passageiros, a Comissão havia decidido por proceder a quarentena domiciliar de todos os passageiros”, escreveu o dirigente politico acrescentando que depois disso que os ditos passageiros VIP “foram então orientadas a deixar o aeroporto e seguir para as suas residências”.

Dados mundiais

Até final da semana passada os dados indicavam que tinham sido identificados 3.229 casos entre 64.581 pessoas testadas, na Inglaterra. o número de vítimas mortais em Inglaterra subiu para os 167. Já, Portugal que está em estado de emergência tem confirmados, até ao momento, 1020 casos de infeção e seis mortes. O surto já atingiu, a nível global, mais de 250 mil pessoas, das quais cerca de 88 mil recuperaram. Outras dez mil morreram.


Presentemente Angola fechou, desde o dia 20 de Março, as suas fronteiras terrestres, marítimas e aéreas à circulação de pessoas, suspendendo todos os voos comerciais e privados de passageiros, por um período de 15 dias para prevenir a propagação da doença Covid-19.


O país registrou dois casos positivos.