Lisboa – O ministro do Interior de Angola, Eugénio César Laborinho, fez muito recentemente o teste do coronavírus e os resultados - recebidos nesta sexta-feira (27) - deram negativos. De acordo com apurações, os exames – feitos na clínica Girassol – foram realizados, no seguimento de reparos, segundo as quais, havia estado no passado dia 18 de Março, no Aeroporto Internacional '4 de Fevereiro', em Luanda, no momento em que chegaram passageiros provenientes da Europa, espaço considerado como área de risco.

Fonte: Club-k.net

No dia em que o general Laborinho esteve no aeroporto de Luanda, chegavam vários diplomatas estrangeiros e entidades protocolares, nomeadamente: o ex-ministro do Comércio, Joffre Van-Dúnem, o chefe das telecomunicações da presidência, Filipe de Figueiredo, o ex-director do SIE, Oliveira Sango, o ex-PGR João Maria de Sousa, e o líder do PRA-JÁ, Abel Chivukuvuku.

 

Todos estes, foram orientados a estar de quarentena domiciliar durante 14 dias. Não há informação de que foram submetidos a testes do coronavírus. Apenas um administrador da Sonangol, Osvaldo Macaia, que chegou num voo da KLM, proveniente dos Estados Unidos da América via Holanda que sentiu-se mal e foi internado. Realizou exames que deram positivo.

 

Dois dias depois do general Laborinho ter estado no aeroporto 4 de Fevereiro, o governante deslocou-se as províncias da Huíla e do Bié, em missão de trabalho, tendo no seu regresso, a capital do país, observado uma quarentena domiciliar. No decurso da sua ausência, as suas funções governativas ficaram a cargo do Secretário de Estado para o Asseguramento Técnico, comissário-chefe Salvador José Rodrigues. Com a saída do teste negativo do coronavirus, há previsões de retomar o trabalho no próximo dia 30 do corrente mês.


De recordar que presentemente Angola registou cinco casos positivos do coronavirus. Com vista a conter a propagação do vírus, as autoridades angolanas decretaram Estado de Emergência, alertando para a "interdição da circulação e permanência de pessoas na via pública", posição que tem respaldo no Decreto Presidencial.

Entre as medidas de excepção e temporárias para a prevenção e o controlo da propagação da pandemia da covid-19, está também o encerramento de todos os estabelecimentos comerciais privados, excepto os que comercializam bens alimentares, bancos e serviços de pagamento, telecomunicações e serviços de imprensa, rádio e televisão.


Angola desenvolve várias acções de sensibilização e reforço das medidas de vigilância epidemiológica nos 32 pontos de entrada oficial. No país, mais de 500 pessoas estão em quarentena institucional obrigatória e outras cumprem quarenta domiciliar. 


O decreto observa igualmente que estão sujeitos ao regime de quarentena obrigatória, institucional ou domiciliar, os doentes com a Covid-19, os infectados com a SARS-Cov2 e a cidadãos cujas autoridades sanitárias determinem situação de vigilância activa. A violação da quarentena obrigatória constitui "crime de desobediência".


O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil. Dos casos de infecção, pelo menos 112.200 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia. O número de mortes em África subiu hoje para 85, com os casos acumulados a ultrapassarem os 3.200 em 46 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia.