Luanda - Rodrigues Eduardo, de 35 anos, inspector-geral das Finanças do Kwanza-Sul, que devia prestar declarações à Procuradoria-Geral da República (PGR) na quarta-feira, 03, no âmbito do processo-crime que envolve o governador daquela província, Job Capapinha, foi assassinado no Domingo, 31 de Maio, no município do Cazenga, em Luanda, com um tiro à queima-roupa.

Fonte: NJ

O crime, apurou o NJ junto de fontes do Serviço de Investigação Criminal (SIC), ocorreu na via pública, por volta das 21:00, no bairro Gesso, na Rua das Bombas Azul, quando quatro indivíduos, até agora não identificados, que se faziam transportar em duas motorizadas, surpreenderam a vítima, mandaram-na abrir a porta da viatura e, em seguida, efectuaram dois disparos, um dos quais atingiu Rodrigues Eduardo no membro superior esquerdo, tendo perfurado a região do tórax, causando-lhe morte imediata.


A PGR no Kwanza-Sul confirmou, recentemente, ter começado o processo de audiência de alguns dirigentes do Governo local, no âmbito de um inquérito instaurado sobre suposta sobrefacturação no aluguer de duas viaturas para os vice-governadores provinciais, avaliadas em mais de 191 mil kwanzas por dia, para um período de um ano.


Segundo fontes da PGR, o contrato foi assinado pelo governador do Kwanza-Sul, Job Capapinha, e por uma empresa constituída em Dezembro de 2018, propriedade de um mauritaniano, para aluguer de viaturas.


Rodrigues Eduardo iniciou a actividade laboral no Ministério das Finanças em 2008, com colocação na Delegação Provincial das Finanças do Bengo.


Em 2012, foi enquadrado na categoria de inspector superior de 2.ª classe e colocado na Inspecção-Geral de Finanças, tendo, em seguida, sido promovido à categoria de inspector superior de 1.ª classe.


Em 2019, foi nomeado chefe do Departamento de Inspecção de Finanças da Delegação Provincial do Kwanza-Sul, função que exerceu até antes da sua morte.