Lisboa – Os trabalhadores do consulado de Angola em Lisboa, entraram em pânico esta semana por haver no seio caso suspeito de Covid-19, em que as autoridades preferem gerir o assunto no secretismo, sem o conhecimento dos funcionários.

Fonte: Club-k.net

Segundo apurou o Club-K, o pânico teve iniciou na passada segunda-feira (1), quando um funcionário (nome propositadamente ocultado) recebeu uma chamada informando que a sua esposa (de nacionalidade portuguesa) testou positivo. A esposa do mesmo, é professora primaria, porém em conta que as aulas em Portugal deverão retomar, as escolas estão a exigir que os educadores sejam submetidos a teste do Covid-19.

 

As suspeitas de que o esposo seja um potencial suspeito, prende-se pelo facto de haver informação de que a esposa não saia de casa durante este período de quarentena. Por outro lado, entre o casal, o esposo é citado como o que mais exposto esteve, uma vez que trabalha na área de atendimento do consulado de Angola.

 

Após terem tomado conhecimento do assunto, o Consul em Lisboa, Narciso Espirito Santos Júnior reuniu-se com o seu “staff”, e decidiram manter o assunto no sigilo e sem dar alguma satisfação aos restantes trabalhadores acontecer gerando um clima de pânico. Fontes consultadas alegam que a medida de sigilo deve-se ao facto de o pai do jovem trabalhador ser amigo do Cônsul.

 

No seguimento do pânico, os trabalhadores acusam o Cônsul de Angola de não ter respeitado as regras de confinamento determinadas pela Direção-Geral da Saúde de Portugal obrigando os funcionários a trabalhar.

Segundo recordam, nesta fase de desconfinamento em Portugal, as autoridades deste país haviam recomendando o regresso de 50% do trabalhadores mas em regime de escala, o que não foi cumprido pelo consulado de Angola. “O cônsul não aceitou escala e exigiu a presença de todos os funcionários no consulado”, lamentou uma fonte próxima ao assunto, explicando que os trabalhadores desta missão consular andaram a trabalhar das 9h as 12h.

 

A indignação dos trabalhadores terão se avolumado ainda mais depois de tomarem conhecimento que neste período em que não se recomenda a concentração de pessoas, o cônsul fez sair um comunicado, nesta quinta-feira informando que dará inicio a recolha de dados para emissão de bilhete de identidade e registo criminal angolano.

 

Os trabalhadores acreditam que com esta nova decisão de emissão de bilhetes de identidade, pode provocar concentração de pessoas pelo que apelam ao cônsul a reconsiderar da sua decisão até atenuar o período da pandemia.

Caso ZAP

Como aconteceu no consulado de Angola em Lisboa, há conhecimento que a empresa ZAP em Angola observa também um clima de pânico por se terem registrado um caso de Covid-19, entre um dos seus funcionários da chamada “ZAP Estúdios”. Esta semana, altos funcionários do ministério da comunicação social informaram a diretora de programas da ZAP, Catarina Tavira que os seus reportes não teriam acesso a sala de cobertura da diária da comissão intersetorial de prevenção e combate à Covid-19. A ZAP foi aconselhada a fazer uma comunicação para esclarecer sobre o suposto caso do seu trabalhador mas terá se recusado optando pelo secretismo.

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