Lisboa – Maria de Lourdes Veiga, antiga vice-governadora do Cuanza Sul para o sector político e social, está a ser acusada pelas autoridades locais de se ter recusado a devolver a casa protocolar do Estado destinada  aos “vice-governadores” dificultando  assim, a acomodação  dos seus sucessores.

Fonte: Club-k.net

Em Agosto de 2019, foi nomeada uma  nova vice-governadora do Cuanza Sul para o sector político e social, Emília Cambundo Tchinawalile António Salles Camuhoto   que está sem residência  para   ser acomodada. “Mila” Camuhoto, como é tratada,  está  a viver em casa do seu progenitor Augusto António “Trocado”, que é um dos protagonistas da Batalha do Ebo, ocorrida no ano de 1975, nesta região do país.

 

Com a não devolução da residência oficial (casa protocolar), por parte de Lourdes Veiga, o executivo de Job Capapinha ordenou a reabilitação da casa do pai da nova vice governadora, cujo orçamento da obra ronda em 20 milhões de kwanzas. Fontes locais disseram ao Club-K, que a boa vontade do executivo provincial está destinada a provocar nova polémica na província,  tendo em conta que a empresa contratada para fazer as obras de reabilitação da casa do pai da vice-governadora, pertence ao próprio pai, Augusto António.

 


Segundo apurou o Club-K, o vice-governador para os Serviços Técnicos e Infraestruturas, Demétrio António Bráz de Sepulveda, está na mesma condição (sem casa), desde que foi nomeado em 2018, em virtude da família do falecido vice-governador do Cuanza Sul, Augusto Neto Sacongo, ter  também recusado a devolver uma outra casa de transito destinada ao vice-governador.

 

Por falta de acomodação oficial, o vice governador Demétrio Sepulveda, segundo apurou o Club-K, está a viver em casa do administrador municipal do Sumbe.

 

Segundo pesquisas, logo após a morte do antigo vice-governador para área técnica e infra-estrutura do Cuanza Sul, Augusto Neto Sacongo, a sua viúva Amélia Sacongo mostrou-se indisponível para devolver a casa protocolar ao governo provincial. 

 

No ano de 2015, ao tempo do governador provincial Eusébio de Brito Teixeira,  o assunto foi levado a mesa para discussão tendo o antigo governante invocado “questões humanitárias”, que o impediam de exigir a viúva Amélia Sacongo a devolução  da residência protocolar.   

 

Para além de ser viúva do antigo governador, a senhora Amélia Sacongo,  é conhecida na província por ser a decana do Instituto Superior de Ciências de Educação (ISCED) da Universidade Katyavala Bwila. O argumento invocado para que se exija a casa protocolar em posse de Amélia Sacongo é baseado na tese de que ela tem casa  própria na cidade do Sumbe,  que está  arrendada aos  professores cubanos do ISCED-Sumbe.