Luanda - O empresário angolano Carlos de São Vicente, começou hoje a ser ouvido pela PGR, no caso de suspeita de desvio de 900 milhões de euros, congelados na Suiça.

*Gabriel Veloso
Fonte: RNA

São Vicente foi constituído arguido na passada quarta-feira, por suspeita dos crimes de peculato, participação económica em negócio, tráfico de influências e de branqueamento de capitais.

 

A Primeira sessão da audição ao empresário teve lugar esta manhã, na sede da Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP) e prossegue na próxima semana, dia 22 de Setembro.

 

Durante três horas, Carlos de São Vicente respondeu as questões colocadas pelos magistrados João Panguila e Esperança Bulica.

 

São Vicente chegou à sede da DNIAP quando eram10 horas e o interrogatório começou, precisamente, às 10H10 minutos.

 

O empresário faz-se acompanhar no interrogatório de dois advogados, entre os quais podemos identificar o jurista Vicente Pongolola.

 

Ainda não foi aplicada a São Vicente qualquer medida de coação, devendo a duração do interrogatório depender muito da colaboração do empresário ao processo.

 

Fontes familiarizadas com este caso, garantiram à RNA que altas figuras ligadas à Sonangol, podem ser arroladas ao processo.

 

Ainda na esteira das suspeitas que pesam sobre São Vicente, a PGR apreendeu alguns bens sob a gestão do empresário. Estes bens sao três edifícios AAA e o edifício IRCA, 49% das participações sociais da accionista AAA Activos no Standard Bank de Angola e a Rede de Hotéis "IU" e "IKA", todos localizados em Luanda. Foram apontados como fiéis depositários o Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado e o Cofre Geral de Justiça.

 

Suspeita-se que esses edifícios tenham sido construídos com fundos públicos, com supeitas de fraudes financeiras e o não cumprimento de várias obrigações.