Londres - O Diretor-Geral da Mwangole TV, Master Ngola Nvunji acusou esta quinta-feira o Consul Geral de Angola em Lisboa, Narciso Espirito Santo Júnior de realizar despedimentos naquela missão diplomática a pretexto de estar a cumprir “ordens superiores” do ministro das relações exteriores Antônio Tété.

Fonte: Club-k.net

Cônsul em Lisboa envolvido em nova polêmica

A partir de Londres onde se encontra baseado, o prestigiado realizador de TV recorreu as redes sócias alertando que “Enquanto os angolanos se distraiam com o discurso do Sr Presidente, este indivíduo, Cônsul geral de Angola em Portugal, Narciso do Espírito Santo Júnior que comprou um tapete de €75.000 para o seu gabinete, estava a distribuir cartas de despedimentos em massa invocando serem ordens do ministro  Tété Antônio”.

 

Ngola Nvunji apela o ministro a se pronunciar antes que o seu nome não seja usado indevidamente por Narciso Espirito Santos para tirar o ganha pão dos funcionários angolanos desta instituição diplomática.

 

“Até Agosto do corrente, tinha despedido 36 funcionários do recrutamento local, hoje a pouco menos de 1 hora, enquanto os angolanos acompanhavam atentamente o discurso do presidente da República sobre o Estado da Nação, o Cônsul despedia mais 5 funcionários do recrutamento local”, escreveu o responsável do canal Mwangole TV.

 

Segundo Master Ngola Nvunji, os funcionários “Na sua maioria, exerciam as suas funções laborais (full time) no Consulado Geral, a mais de 12 anos”. O também ativista alega que o argumento do Consul Espírito Santo é de esta a fazer despedimento “por força das limitações orçamentais e financeiras do país, que ficaram agravadas com o surgimento da pandemia do COVID-19”.

 

Ngola Nvunji considera que os argumentos Narciso Espírito Santo são contraditórios, uma vez que segundo diz, “o mesmíssimo cônsul, tem em sua casa 5 empregados domésticos incluindo o seu jardineiro privado, todos pagos com fundos públicos”.

 

O realizador de TV que vive entre Londres e Lisboa prometeu revelar na próxima edição do seu programa, assuntos comprometedores sobre o Consulado de Angola na capital portuguesa. “Ainda vamos falar muito sobre este ato de arruaça deste Espírito Santo”.

 

As declarações de Master Ngola Nvunji surgem uma semana depois de a publicação portuguesa “África Monitor” ter noticiado que o Narciso Espirito Santos que está em fim de missão, tenciona despedir funcionários em retaliação por suspeitar que estes estarão por detrás de uma queixa que lhe foi movida junto a PGR de Angola, sobre a sua gestão.

 

“O cônsul-geral de Angola em Lisboa, Narciso Santos, respondeu a denúncias na imprensa e junto da Procuradoria Gera da República (PGR) ameaçando os funcionários do Consulado com despedimentos - considerados ilegais na actual situação de pandemia. O facto de a PGR ter aparentemente ignorado as denúncias, que começaram em 2019, é motivo de suspeitas de que Narciso Santo, em fim de missão, terá movido influências nesse sentido”, lê-se na publicação.

 

Portugal acolhe três missões diplomáticas angolanas, apenas o Consulado de Angola em Lisboa,  gerido por Narciso Santos que está constantemente em polêmicas e reclamações de mal tratos aos funcionários.