Lisboa - Os recursos petrolíferos de Angola, estarão exaustos dentro de 18/20 anos – um cenário que poderá ocorrer ainda antes em caso de sobre-exploração. A estimativa faz parte de um estudo competente sobre o assunto; é apoiado em dados considerados “concretos”, tais como o de que as descobertas de novas reservas são menos importantes do que as que estão em vias de se esgotar.


Fonte: AM


ImageCasos apontados como elucidativos:


- O Bloco 14, em exploração nas águas profundas de Cabinda, apresenta um potencial menor que o Bloco 0, nas águas rasas, em exploração desde há c 40 anos e em vias de esgotamento/envelhecimento de poços.


- As altas expectativas em relação ao potencial previsto dos Blocos 33 e 34, situados a sul da foz do Rio Zaire, não foram confirmadas nas prospecções; aos Blocos 31, 32, 33 e 34, todos licitados em 1998/99, competia repor e acrescentar o nível de reservas identificadas.


- Têm decrescido expectativas de descobrir depósitos de petróleo com valor comercial na metade S do offshore, em consequências de resultados considerados “pouco animadores” de prospecções nos Blocos 9, 21, 22 e 25.


- Apenas o Bloco 17, já em exploração, tem potencial mais elevado que os Blocos, 2 e 3, que se destina a substituir, por terem entrado em declínio.


A Sonangol esperava compensar os efeitos da desactivação do Bloco 0 com o início da exploração de petróleo no onshore de Cabinda, mas os trabalhos têm sido prejudicados pelo clima de insegurança no território. A Roc Oil e a Devon (subsidiária da Chevron), são as companhias a que foi licitada a exploração do onshore.


Conforme o estudo citado o potencial das reservas petrolíferas de Angola é de c 12 biliões de barris. O Banco Mundial estima as mesmas em c 9 biliões. Na imprensa internacional a grandeza das reservas aparece geralmente empolada – até 25 biliões, potencial da Nigéria.